30 de outubro de 2009

Uma questão de prioridade

O povo desistiu em cima da hora de ir ao cinema assistir o documentário sobre o Michael Jackson. Como sou uma pessoa solidária não fui só. Talvez segunda.  Aproveitei e dei um pulo na rua querendo comprar umas coisas prá levar para a praia neste fim de semana. Resultado, voltei com um edredon fofinho, pronto prá viagem. Mas Mãe, a senhora não perde essa mania? Não sabe dormir com lençol não? Só vai fazer volume na mala.
- Tá bom, prá você não dizer que não sou boa em negociar, deixo o edredon se você deixar a chapinha, o secador, o babyliss...



Tá, nem de longe sou charmosa e blasé que nem a Charlotte Gainsbourg, mas meu edredon é muitooo mais bonito que o dela. Ok, ok... vocês entenderam: só quis aproveitar a deixa para postar essa foto bacanérrima...

28 de outubro de 2009

Datas

Um beijo especial para Lélia que faz aniversário hoje. Prá você o que você gosta diariamente:





Essa é para Helena também.

25 de outubro de 2009

Panetone, espelhos, texto longo e mau humor

O bom dessa venda super antecipada dos produtos de natal é a volta dos panetones. Gosto tanto que até já tentei aprender a fazer, mas é um desastre. Minha amiga Sara costuma retirar um pouco do miolo do panetone e rechear com sorvete. Mas só funciona se servir imediatamente e se o pão for de qualidade.
Onde tu aprendeu isso?
Ué, a gente inventa.
E cozinha é bem isso mesmo, né? Minha mãe era rainha em alterar receitas. Nunca conseguia seguir nenhuma a risca, mas todas as mudanças acabavam funcionando. Ela foi uma excelente cozinheira até cansar e "perder a graça". Pensando bem, este deve ser um traço de familia.
Não sei se acontece com todo mundo, nem sou louca de generalizar questões tão particulares, mas as coisas estão perdendo muito a graça ultimamente. E isso não é uma queixa.
Um amigo gosta de dizer que estou sofrendo de velhice precoce. Dá uma de Ana Maria Braga: Acorda prá vida mulher, vai andar na avenida ou assume outro projeto.  Odeio esse tipo de discurso. Demorei séculos para apurar o estilo e, sinceramente, prefiro a frase que ouço numa música: Se você me ama me deixe viver em paz.  Acho uma atitude muito mais respeitosa. A gente precisa de espelhos, eu sei, mas não sou o espelho de ninguém. Não sou agora, nem era aos 15.



24 de outubro de 2009

No more drama



Acho que vou deletar o blog
Por que?
Ah, sei lá. Tou meio sem saco.
Mãe, quer saber? vai dormir e quando acordar já tá pensando em outra coisa. Em outras palavras, vai dormir que passa.

Ai atoron esse povo simpático  daqui de casa.

22 de outubro de 2009

Mulher enxaqueca

Muita dor de cabeça. Olho as coisas e vejo tudo pela metade. Umas sombras.  É o que o povo de casa diagnostica por conta própria como enxaqueca. A maioria das mulheres da familia tem e vem de longe. Minha avó se trancava em um quarto escuro e ninguém podia dar um pio perto dela por vários dias porque além de tudo deixa uma espécie de ressaca.
Tenho que escrever e depois escrever de novo consertando as palavras, pois penso uma coisa e sai outra. Troco as letras. Televisão, revista, livro: não dá.  Internet é como navegar à meia luz.
Um blog sobre nada.

Adorei




Alô??? É ela sim, mas não estou.



As vezes gostaria de saber quando, como e por que passei da "criatura que vive pendurada ao telefone" para "a chata que não atende a ligação de ninguém e tem o maior pavor quando ele toca". Celular então. Sempre associo com notícia ruim ou sinal de que "lá vem pressão em cima de pressão". Até ai, tudo bem, sei lidar com isso.
O problema é quando a operadora resolve sair do ar e o aparelho silencia. Em vez de sentir alívio por me livrar dele, me sinto desamparada como se não fosse mais receber notícias do mundo. Ou perder as mais importantes. E sem o menor motivo porque na maioria absoluta das vezes o danado fica mesmo é largadão no fundo da bolsa.

Ai gente, que tempos confusos.

21 de outubro de 2009

Hoje acordei

Com vontade de prometer coisas só pelo prazer de não cumprir.

20 de outubro de 2009

Canseira

Nos supermercados de Feira de Santana já tem enfeite de Natal. Vi e deu a maior canseira pensar naquele corre-corre infernal de fim de ano, além do calor grudento de dezembro. Acho que meu espírito ainda está no São João ou na Semana Santa ocasiões bem mais fáceis de ignorar.
De qualquer maneira, me dei um presente e só preciso esperar seis dias úteis pelos correios: a trilogia Sissi mais dois filmes avulsos sobre a imperatriz da Áustria que foi uma das figuras europeias mais importantes do século XIX e morreu tragicamente às margens de um lago de Genebra, apunhalada por um anarquista.
Por causa da Sissi passei a vida inteira querendo conhecer a Àustria (na verdade ainda quero). Por causa das duas - a real e a Sissi da Romy Schneider - atriz que a  imortalizou no cinema. A trilogia romantiza a história da imperatriz de uma forma quase absurda, mas é uma graça. Dose de água com açúcar suficiente para manter qualquer criatura calma por uns três meses. Amém.


Karlheinz Böhm e Romy Schneider - doces e belíssimos

19 de outubro de 2009

Sabem...

aquela frase batidíssima das Brumas de Avalon: Não peça à deusa aquilo que você deseja porque ela pode atender?!
Pois é, pedi. E me dei mal

A gelatina azul

Você vive tanto tempo para descobrir de repente que tem nojo de gelatina azul. Na verdade não é nojo, é medo. O médico que cuidou de uma pessoa da familia há alguns anos costumava dizer que ninguém deveria se alimentar com nada cuja cor não fosse encontrada na natureza. Fico olhando prá gelatina na geladeira e imaginando qual fruta seria assim azulzinha, azulzinha...Nenhuma claro. Então não dá. Não sou uma pessoa saúde, mas certas coisas não encaro mesmo.
-Afinal quem foi o #@* que comprou esse negócio?
-Você...
-Como?
-Pegando as caixas sem olhar e colocando no carrinho.
-E você não falou nada? *
-Eu ia adivinhar?!
(pausa)
-Tem gosto de que?
-De chiclete. Quer?
-Nem por obra e graça do Espírito Santo.
-Mas o que o Espírito Santo tem a ver com isso, criatura?
-Você não sabe? Ele protege as consumidoras desavisadas, as donas de casa desastradas e as pessoas que tem medo de quase tudo. Inclusive de gelatina azul. Pelo menos é o que espero.

*(Frase no melhor estilo: a culpa é minha e eu jogo em quem quiser)

18 de outubro de 2009

Minha vida de menina do balão


Cabelo curto e jeito de moleque ao lado de minha mãe e do meu irmão Silvio que tinha acabado de nascer. A gente morava em Palmeiras dos Índios, no interior de Alagoas, mais ou menos na época em que dei o maior susto no povo. Simplesmente desapareci. Meus pais e os vizinhos sairam vasculhando a cidade com medo que tivesse sido raptada ou coisa do tipo. Isso levou horas. Quando bateu a fome, sai do esconderijo: uma tábua entre a cabeceira de uma das camas e a parede.
Menino do balão perde.


Mãe, irmãos e eu

Todo mundo da familia tinha medo da minha avó paterna principalmente quando o assunto era um oratório que ela trancava a sete chaves. Ninguém em sã consciência chegava perto dele sem permissão.
Nesta foto estávamos de férias na casa dela em Garanhuns, Pernambuco. Foi justamente quando vovó deu um descuido e acabou me pegando com uma imagem raríssima de São Francisco de Assis, ninando como se fosse boneca. Já contei essa história, lembram?
Reza a lenda que o chão da cidade tremeu nesse dia, mas acho que não liguei muito não, pelo menos não perdi a pose. Um mimo meu vestidinho vermelho bordado.

O pai do Rufus

Rufus

17 de outubro de 2009

Padrão


Alguém comenta que às vezes um detalhe salva o dia e penso imediatamente em paisagens cinzas com algum traço vermelho. Padrão.
Ouvindo música sem parar, porque sempre desconfio muito de mim quando não tenho paciência nem para fazer isso.

13 de outubro de 2009

Acontece....

que hoje acordei meio Degas.

12 de outubro de 2009

Mimos

A boneca fofinha na verdade enfeita uma embalagem de biscoitos de araruta. Quanto a conserva, não sei o nome científico, mas a gente chama de pimenta biquinho, uma variedade que está sendo desenvolvida e bem aceita aqui na região. É saborosa e não arde. Soube que é um tipo de pimenta chique que caiu no gosto dos chefs de cozinha e que além dos pratos salgados pode ser usada em drinks. Andam criando mil receitas por ai.

(Não sei por qual motivo o povo adora me presentear com docinhos, bolinhos, conservas e afins, mas acho ótimo, claro. Além do mais, vem bem a calhar com o assunto predominante neste blog ultimamente. Ai, Belos, pensa magro. Já!)

11 de outubro de 2009

Acabei de ler...

... que hoje é o dia mundial da alimentação saudável. E eu vinda de um post sobre pastel e caldo de cana, minha cara esse senso de oportunidade às avessas. Sobre o assunto a única coisa que tenho a dizer é o seguinte: era melhor e muito mais divertido no tempo em que comida não matava.

(Um dia fui falar isso para uma pessoa e ela levou a sério. Comida sempre matou sim, a gente é que não tinha tanta informação a respeito. Quando eu digo que esse mundo anda muito mal humorado e ao pé da letra, o povo duvida).

10 de outubro de 2009

Amanhã...

...pretendo ir na feirinha comer pastel com caldo de cana. Pois é, diversão de gordinho tem que ser com comida, ainda mais aqui em Feira de Santana onde tudo gira em torno da gula.
A última vez que folguei num feriado foi no Natal, mas segunda-feira estarei em casa, de brisa. É tão estranho que só penso em dormir. Não programei nada. (Até porque o marido vai trabalhar e os meninos já tem planos). Na verdade, nem quero.
As vezes, na falta do que fazer, releio os posts antigos deste blog e é terrível: sempre acabo morta de vergonha por causa das vírgulas e outras coisinhas. Mas o povo é legal comigo. Olha a prova ai:

Meu marido perguntou por que não tirei a foto da página inteira. Como é que vão acreditar que é seu blog?
Tá, Amor. Obrigadão pela força...

9 de outubro de 2009

Alice

- Quando eu uso uma palavra - disse Humpty Dumpty num tom escarninho - ela significa exatamente aquilo que eu quero que signifique ... nem mais nem menos.

- A questão - ponderou Alice – é saber se o senhor pode fazer as palavras dizerem coisas diferentes.

- A questão - replicou Humpty Dumpty – é saber quem é que manda. É só isso.

(Elena Kalis - Alice under waterland. Lewis Carrol - Alice in wonderland)

8 de outubro de 2009

Nada sei desse mar. Nado sem saber de seus peixes, suas perdas, seu não respirar...

(Elena Kalis - Alice under waterland. Kid Abelha - Nada sei).

4 de outubro de 2009

Terminei....

o livro que ela me deu: a biografia do Carlos Imperial. O produtor que sacodiu a cena cultural brasileira por mais de trinta anos e foi responsável pela carreira de gente como Roberto Carlos e Elis Regina. Li aos poucos, vocês sabem, medo que as coisas acabem. Aloka.
Almoço às quatro da tarde. Restaurante cheio, mas garçom educado e agradabilíssimo. O que deveria ser regra vira exceção.
Caipirosca de tangerina, caipirosca de morango, caipirosca de umbu - quase bato o record do Anthony Bourdain quando fez o programa dele em Salvador e entornou todas as caipiroscas no restaurante da Dadá, a quituteira famosa.
Querem saber? Domingo de noite sempre me dá uma certa angústia.
Lendo um questionário curioso que achei na net. Qual o dia da semana em que você sofre menos? E por ai vai.

3 de outubro de 2009

Cinco:

Promisses
Delight
Évora
Upon-Avon
Sussurro

Não o que significam, mas como soam.

Ontem...

Quatro homens tentaram assaltar uma padaria aqui do bairro. O comerciante estava armado e reagiu, acabou em tiroteio. A vizinha me contou.

E a gente pensando que faroeste era só um tipo de filme.

Café ou chá?

Café. Frio, fraco e doce. Meu pai chamava de chafé.

(Update:
Café. Bem quente com pedaços de requeijão dentro. Não é bonito, mas é bom.
Café. Com uma bola de sorvete de creme)

1 de outubro de 2009