28 de junho de 2014

Poço sem fundo, poço.


Nenhuma sombra da princesa 
ao pé da porta
(silenciosa e gentil
ao pé da porta).
Ou uma versão adormecida tua.
Não te iludas, meu bem.
Serei sempre eu mesma.

A eterna moura torta
(agulha nos cabelos
poço fundo sem fundo
poço)
quebrando cântaros
a esmo

Anne Cerqueira
junho/2014


2 comentários:

Lucila disse...

Lindos, como sempre!

Lucila disse...

Mãe, acabei de reler esse poema e percebi que é vc!