26 de agosto de 2017

VIVE!

Desencana meu amor,
Tudo seu é muita dor,
VIVE!

(Djavan)

24 de outubro de 2015

Batata coringa


Meu marido vive dizendo que vai me dar uma passagem de ida para o Peru, pois lá se cultiva cem ou duzentos tipos diferentes de batata. Hoje, na hora do almoço, lembrei disso quando percebi que coloquei no prato três tipos de alimentos diferentes  e todos a base de batata. Adoro o sabor e a versatilidade. Se eu fosse a chef Rita Lobo diria que o tubérculo é um alimento coringa: não pode faltar na cozinha e vai bem em quase todas as receitas. Ovo de galinha é outro alimento coringa. Então me lembrei de um vídeo de Paulo Gustavo vestido de dona Hermínia, personagem de minha mãe é uma peça. Ela foi passar férias num desses locais bem bonitos e badalados (Búzios ou Angra, nem sei) e ficou o tempo todo percorrendo vendas e armazéns em busca de uma dúzia de ovos que tinha esquecido de levar para a praia.
Sempre rio horrores porque é engraçado mesmo. Mas no fundo me dá dó porque revela a insustentável natureza humana, como cabe ao humor. A que tem tudo que precisa e nem percebe. A que quer se divertir e nem sabe como.

30 de outubro de 2014

Guenta coração
 
Eu para meu neto de três anos.
- Sou o que sua?
Ele:
- Minha avó
- E você é  o que meu?
- Seu filhinho.
.

6 de outubro de 2014

Meu neto começando a enfrentar a complexidade dos fatos:
- Vovó por que você não fecha a porta do guardarroupa?
Penso em dizer, mas não dá para explicar que possuo certas incapacidades. Ele só tem 3 anos e me adora. Vamos preservar o mito.

26 de agosto de 2014

16 de agosto de 2014

Elvis

Lembro exatamente onde eu estava quando Elvis Presley morreu há trinta e sete anos. Eu era uma menina e dançava sem saber dançar. Gostava do Elvis por causa de minha mãe que gostava do Elvis e via através da figura que ele se tornou, a figura que ele foi. O homem sensual com cara de menino. Conta a lenda que, proibido de rebolar pela policia, em uma cidade onde fazia show, Elvis incendiou a platéia apenas movendo a mão.
Eu tinha treze anos e estava ouvindo rádio na casa de France, minha melhor amiga de todos os tempos.
Nunca perguntei se ela lembra.
A programação foi suspensa para noticiar a morte do ídolo. Depois, na tv, reprisou o último show de Elvis. E a gente viu na plateia várias mulheres envelhecidas que um dia foram as mocinhas incendiadas pelo homem do vozeirão e cintura solta.
Elvis é aquele tipo de artista que não tem substituto. Podem chegar perto, mas ninguém vai fazer o que ele fez. Teve vários herdeiros vocais, Jerry Adriani, Renato Russo, mas a proposta era diferente.
Agora eu ouço o Daniel Boaventura cantando Suspicious mind. E penso no Elvis.
Na menina que eu fui, inclusive.
A que dançava sem saber dançar.

9 de agosto de 2014

As piores coisas para se dizer a quem perdeu peso

Estão lá no site do IG. Escolhi as que acho mais "interessantes"

“Você deve estar se sentindo tão bonita agora!”
IG -  Um erro pensar que quando era gorda a pessoa se achava feia.

“Você está malhando? Senão pode ficar flácida."
IG - Na verdade, muitos gordinhos emagrecem e não ficam flácidos.

“Estou te achando tão abatida. Você fez exames para ver se está com as vitaminas em dia?”
IG - A pessoa está emagrecendo, não definhando, ok?
 
“Quando a gente emagrece dá uma caída né? Parece que você envelheceu”
IG - Na verdade ela perdeu peso e não juventude.

“Agora só falta fazer uma plástica para colocar tudo no lugar”
IG - Muitos ex-obesos não precisam de plásticas. Tudo que precisam é se sentirem bem com o próprio corpo

31 de julho de 2014

Eu e a tecnologia

A pessoa leva  quase 3 horas para deletar 37 mil e-mails. E depois descobre o dispositivo que permite esvaziar a caixa de uma vez só. Ali, na cara.

28 de julho de 2014

O óbvio



Levei um tempão para notar o quanto é clichê uma pessoa eternamente acima do peso ser viciada em programas de culinária, embora mal saiba ferver água. Acho que fiquei meio chateada com a descoberta: essa história de não fugir do estereótipo, até porque eu conheço também o outro lado da moeda. De você fazer parte de um grupo onde todo mundo está comendo e alguém de fora falar só com você:
- Fulana, cuidado com a gula.
Quer dizer, tudo é gula. Obeso não precisa se alimentar e não sofre de nenhuma disfunção, nenhum problema que o faça ganhar peso. Tudo é falta de vergonha na cara?!
Aquela conversa de que basta fechar a boca. E deixar pra lá toda uma questão biológica e emocional.
Ai vem o gif acima. Achei a iniciativa até bacana, mas sinceramente? Não precisava ser tão redundante. Bastava a figura do barrigudinho pra todo mundo entender a mensagem. Porém nunca é suficiente. O barrigudinho ainda tem que estar com um sanduiche enorme nas mãos.
Não, eu não sou o que como.
Qualquer pessoa é muito mais do que isso.

20 de julho de 2014

18 de julho de 2014

Tanta algaravia

Olhar o espelho e não ver nada
do que se supõe.