30 de junho de 2010

Vida trabalhada no glamour (ou não)


Fui comprar meias para enfrentar o frio que enfim chegou na cidade. Notem que o assunto é sério, afinal é inverno, mas não precisa ser feio. (Viva la vida loca besta). No pacote vieram também duas blusas - que trouxe sem provar. Resultado, elas não caberiam em mim nem se estivesse com cinco generosos quilos a menos.
-  Mas eu achei que davam - argumentei em vão.
Agora vou ter que voltar na rua para trocá-las. E chove. E a cidade se acaba. E nenhuma escova resiste a este tempo.
Também quem manda, né?
Vocês:
-  Ficar com preguiça de provar roupa?
Eu:
- Não. Ter uma ideia de si mesmo enquanto a realidade é outra.

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Contrariando meu temperamento emo, hoje acordei completamente Xuxa: Só quero boas notícias. #porquevoutecontar!

29 de junho de 2010

Nada de novo no front

Vim avisar que não postarei nada hoje, talvez nem amanhã, quiçá na sexta. Chove que é uma beleza em Feira de Santana  e acabei descobrindo o motivo de gostar tanto dessa cidade: tudo aqui é exagerado. Se é sol é sol de rachar. Se é chuva é chuva de arrasar quarteirão. Temperatura amena quem te quer? Quem não tem sangue no olho. E eu sempre achei (mesmo) que é muito melhor errar por excesso que por falta.


Quem concordar comigo me siga, estou perdida.

26 de junho de 2010

Receita para se empaturrar numa tarde de sábado

Pega aquelas uvas que estão na geladeira ou uma porção de morangos ou os dois. Lava, é claro, e depois distribui numa tigela. Faz um brigadeiro comum, mas tira do fogo bem antes de dar o ponto e joga por cima das frutas. Se gostar, enfeita com umas colheradas de creme de leite e leva à geladeira. Já pensei em tentar com requeijão cremoso.

Como diria a Tyra Banks: Easy, Breezy, Beautiful.  (Essa acho que só quem assiste American Next Top Model vai entender. Enfim.)

Ou como gostava de repetir um ex-colega de trabalho quando me flagrava com a bolsa cheia de moedinhas de chocolate:  esse povo de paladar infantil tem é arte.

Um amigo de minha filha ficou de me mandar um disco do Joy Division. Banda inglesa que ficou conhecida pelas letras obscuras e depressivas. O vocalista se suicidou nos anos 80.
Minha filha completando o recado:
- Ele disse que a senhora vai se acabar de chorar.
Bom, nunca conversei muito com o rapaz, a não ser rapidamente pela internet, então fiquei curiosa:
- Como ele sabe que gosto da banda? Como ele sabe que sou chorona?
- Contei que a senhora era canceriana.
- Ah, tá.

Ô signo sem disfarce, meodeos.

Uma coisa puxa outra

Vamos combinar que o estado momentâneo de alegria se deu por conta do licor de chocolate delicioso que ganhei de minha nora. Parece que foi a mãe dela quem fez. Aprovei. Várias vezes. (Reparem, não sou triste nem blasé, só não tenho um temperamento efusivo)

Uma coisa puxa outra. Mostrei a foto que fiz de minha  sombra e acabei lembrando de como ouvi falar pela primeira vez na possibilidade de fotografar a aura humana. Foi numa música da Angela Ro Ro de 1988 (Photo Kirlian, do álbum Prova de Amor).  O disco era fraquinho, perdi em uma das mudanças.



Trocando de assunto e ficando no mesmo. Sempre quis fazer um post no qual pudesse usar a frase que Janis Joplin disse para o Leonard Cohen e que está registrada em Chelsea Hotel: Somos feios, mas temos a música. Nunca consegui. Mas sempre penso  nisso quando uma canção me pega de jeito. Seja ela rock, pop, clássica ou whatever.

Sempre quis escrever um post no qual pudesse usar a frase de Caetano: sou o que soa, não douro pílula. Mas sou a rainha dos panos quentes, então ainda não deu.

E não. Não estou mais sob o efeito do licor. Juro.

25 de junho de 2010


 


Aquela que fotografa a própria sombra



O que leva mesmo uma criatura a fazer uma fotografia assim? Quem sabe? Estávamos de férias, indo de cidade em cidade pelo interiorzão da Bahia. Cada foto melhor que a outra. E essa no meio. O que diz?  Por que postei? Porque hoje estou estranhamente alegre e motivada e em busca de respostas que não terei. Mas não se preocupem, o melhor dos meus momentos de alegria e motivação é que eles passam logo. Rápido como um click.

24 de junho de 2010

Estou contente porque cheguei depois de uma da tarde no restaurante costumeiro e ainda encontrei torta de espinafre. E um bom licor de maracujá prá dar mais sono ainda. Ontem dormi tarde sem ter ido a nenhuma festa. Fiquei escutando o som alto da casa do vizinho até às duas da manhã. E a garotada da rua soltando fogos de artifício até às duas da manhã. Todos os pesadelos que os outros proporcionam até às duas da manhã. Fui trabalhar antes das seis. O turno no feriado acabou sendo  mais corrido do que sempre. Hello stress!  Então queridos, não achem que me contento com pouco quando um pedaço de torta de espinafre salva meu dia. (Vejam só, pensei em tirar um cochilo agora, no-conforto-do-meu-lar, mas o foguetório recomeçou)
...
...
...
 Murphy,  vê se me esquece!

23 de junho de 2010

Sete anos hoje:

Foi numa noite igual a esta
Que tu me deste o coração
O céu estava assim em festa
Porque era noite de São João

(Imaginem que aqui tem uma foto minha e de Helio prá representar os sete anos de casamento comemorados hoje. Postei umas quatrocentas, mas desisti de todas)

Eu:  Benhê, o que seria de mim sem você?
Ele: Uma mulher solteira.

Hic!

Bebe água
Bebe água de novo
Bebe água de cabeça prá baixo (???!!!!)
Come farinha (não, isso é prá espinha de peixe grudada na garganta)
Dá três pulinhos (se não fizer efeito pelo menos tá em movimento)
Aperta a base do polegar até doer...
Buuuuu!!!
Passou?

Outro post sobre soluço. Nussa! A vida deveria ser mais do que isso.

20 de junho de 2010

Tempo bom não volta mais

Eu prá Lu:
- Filha, faz massagem nas costas de mainha.
Lu prá mim:
- Yo no entiendo,  no hablo portugués

E pensar que houve uma época em que era possível suborná-los com uma moeda de cinquenta centavos.

Atriz se aposenta aos 24 anos?!
 
Bem que eu deveria ter ouvido mamãe quando ela me mandava fazer teatro prá deixar de ser dramática.

Fiz um esforço enorme para entrar numa calça jeans relativamente nova. Viro para meu marido e comento:
- Essa calça encolheu. Dizem que elas encolhem se a gente passa um tempo sem usar...
E ele:
- Mas o cinismo vai bem, né?

Ai, preciso urgentemente viver num mundo sem...

a) Calorias
b) Modelos
c) Balanças

Quem acertar me paga um sorvete de suspiro com calda de kiwi

18 de junho de 2010

Torcida

Não me envolvo prá valer com uma Copa do Mundo desde 1982, ano em que Telê Santana levou uma equipe fantástica para a Espanha, mas acabou caindo diante da Itália de Paulo Rossi. Chorei horrores nesse dia, depois desapeguei. Até porque nunca entendi muito do assunto mesmo.
De qualquer maneira, vou trabalhar domingo na hora do jogo do Brasil e isso dá um certo aperto no coração. Pensem ai: uma pessoa de plantão enquanto o resto do país  vai estar praticamente parado, merece o que?
...
...
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Ganhar na loto, né? Vou começar a jogar. Esqueçam a seleção e torçam por mim.
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...
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Sem vuvuzela, por favor.

16 de junho de 2010

Um post:

Coisas que você descobre revendo filmes melosinhos da década de 60:

As igrejas medievais possuiam fachadas ricas em detalhes e desenhos sacros porque a maioria das pessoas não sabia ler. Essa era uma das maneiras de lhes ensinar as passagens da Bíblia.

O Candelabro Italiano (Rome Adventure)

E seu desdobramento:

Anne, a igreja católica sempre se preocupou com a sua versão da história. A não leitura, o fato de se privilegiar a oralidade, resulta na impossibilidade de interpretação, da não formulação de um pensamento próprio...

Obrigada, Assis. Um abraço.

13 de junho de 2010

Mais do mesmo

Frio
Edredon
Preguiça
e todos os programas que gravei esses dias e ainda não vi.

Se alguém perguntar por mim, digam que fui por ai.

10 de junho de 2010

Abre parênteses

Devo confessar que às vezes fico com vergonha da eterna repetição de um certo pronome (eu) nessa página. Fico mesmo. Mas vamos combinar que esse é um blog diarinho e vocês relevam, não é, pessoas finas, elegantes e sinceras? (Aqui me imaginem fazendo olhos de misericórdia e vamos adiante).

Coisas que você descobre....

revendo filmes melosinhos da década de 60:

As igrejas medievais possuiam fachadas ricas em detalhes e desenhos sacros porque a maioria das pessoas não sabia ler. Essa era uma das maneiras de lhes ensinar as passagens da Bíblia.

O Candelabro Italiano (Rome Adventure)

(Achei o filme tão bonitinho quanto lembrava. O problema é que EU MUDEI. O romance ingênuo já não me comove tanto quanto lá pelo anos oitenta, claro, quando eu era adolescente e o reprisavam na tv. Agora pesam os detalhes politicamente incorretos e tantos esteriótipos: a loira burra, o nerd apaixonado que nunca passa de amigo, o italiano conquistador.  Tipo de percepção que, no fim das contas, só serve mesmo pra tirar a graça das coisas.
No mais, a cena em que o Emilio Pericoli aparece cantando Al di la ainda me derruba, no bom sentido, e definitivamente tenho uma imensa simpatia por filmes nos quais as cidades também são personagens. Bella Rrrroooma!!!).

9 de junho de 2010

Tabletes de chocolate sabor laranja, trufas com recheio de caipirinha e o dvd de Candelabro italiano que acabou de chegar.

...porque se eu quisesse viver da realidade e suas agruras estaria lá fora.

7 de junho de 2010

Furei as orelhas aos onze anos. Idade em que todas minhas amigas já usavam brincos. Considerando que minha mãe e minhas irmãs não teriam sangue frio prá tanto, fui na casa da vizinha e pedi o favor.
Então foi assim, ela limpou uma agulha com álcool, esquentou na chama do fogão e... pronto. Cheguei em casa e corri para olhar no espelho. Não deu outra. Foi a única vez que desmaiei na vida.

6 de junho de 2010

Uma câmera na mão, nenhuma ideia na cabeça



Domingo é o dia dos ecos – quentes, secos, e em toda a parte zumbidos de abelhas e vespas, gritos de pássaros e o longínquo das marteladas compassadas – de onde vêm os ecos de domingo? Eu que detesto domingo por ser oco

Clarice Lispector

5 de junho de 2010

Julinho da Adelaide

Depois que postei o vídeo do Chico Buarque recitando Pessoa me toquei que para driblar a censura, nos tempos dos militares, Chico também criou um personagem para si. O Julinho da Adelaide. Lembram? Não era um caso só de pseudônimo não. Era um heterônimo mesmo, com biografia, carteira de identidade e uma existência rica (porém curta) que resultou até em uma entrevista para o Jornal Última Hora. Encontrei um relato do Mário Prata sobre o assunto com links para a tal reportagem. Tá ai prá vocês, caso se interessem.

Um adendo. Duas das músicas do Chico que mais gosto foram assinadas pelo Julinho: Acorda Amor (eu tive um pesadelo agora, sonhei que tinha gente lá fora batendo no portão, que aflição. Chama, chama o ladrão). E Jorge Maravilha ( você não gosta de mim, mas sua filha gosta. Ela gosta do tango, do dengo, do mengo, domingo e de cócega....Ela pega e me pisca, belisca, petisca, me arrisca e me enrosca). Ai, se deixarem eu canto até este sábado cultural acabar.

Adendo 2 - Bonitinho que na gravação antiquíssima que tenho, Chico fala "cosca" em vez de cócega.

4 de junho de 2010

Tal qual a Rita Lee um belo dia resolvi mudar.

E fui fazer ginástica laboral. Mas depois de ser acusada sem dó nem pejo de trair o movimento-dos-sem-atividade-física e com os níveis de preguiça lá em cima, acabei dizendo à professora que tinha muito o que fazer e que "ia ficar prá outro dia".
Então fui contar prá meu colega Egberto:
- Voltei às origens
Eg prá mim:
- Vi e achei lindow.

Conclusão. Como poderia ter dito o escritor francês Abel Bonnard: Os verdadeiros amigos são os solitários sedentários juntos.

3 de junho de 2010

Recorte

Segundo ano científico. Eu apaixonadissima pelo colega de classe, gordinho, loiro e tímido. Uma manhã, no intervalo, alguém teve a brihante ideia de brincar de jogo da verdade.
- Qual a menina da turma que você namoraria? - perguntaram ao boy e ele disse meu nome, assim, na lata. Não passou disso.
Algum tempo depois, nos encontramos por acaso numa festa.
- E ai cadê o namorado? Ele foi logo sondando.
Pois é. O namorado estava sentado atrás de mim, reagiu com um abraço-demarca-território-a-mulher-é-minha-ninguém-tasca-vi-primeiro e o caso foi encerrado de vez.

 Hoje nem lembro o nome do colega loiro, tímido e sem timing. (Já percebi que nesses casos é sempre a primeira coisa que esqueço).

1 de junho de 2010

Querido diário...

Esta semana estou devagar quase pa-ran-do. O compromisso que marcar não cumpro. #estadonubladodaalma