Praticamente tudo que aprendi criando três filhos não serve no tempo do meu neto. O que curava antes, hoje não faz efeito. Na época em que informação chega e muda a cada segundo você não pode dizer:
- Põe uma fitinha vermelha na testa dele para passar o soluço.
Sem parecer maluca.
Quando os meninos nasceram a experiência de minha mãe ainda contava. Tanto que ela era requisitada para cuidar de absolutamente todos os netos assim que saiam da maternidade. Era ela quem dizia:
- Lava o cabelo desse jeito para não cair água no ouvido.
Ou:
- Dá três gotas desse remédio que a cólica passa.
E passava.
Não havia colher que muda de cor para indicar se o alimento está muito quente. E coisas do gênero.
Na hora do banho era o cotovelo que media a temperatura da água.
Comida também não matava como mata hoje.
Ninguém suspeitava de uma laranja lima.
Na hora do banho era o cotovelo que media a temperatura da água.
Comida também não matava como mata hoje.
Ninguém suspeitava de uma laranja lima.
Minha mãe parou no segundo grau. E até 2004, o último ano conosco, nunca a vi em frente a um computador.
Aposto que nunca soube o que era um site de busca.
Ela se especializou em ser o que era. Sem muitas delongas.
3 comentários:
Muito disso é sabedoria e é uma pena que se perca. Eu nunca sei que chá é bom pra quê e pras pessoas mais velhas esse conhecimento é tão natural...
E o melhor é que essa sabedoria popular e hereditaria ( sempre passava de pais para filhos) sempre dava certo e não existia tanta "frescura" como tem hoje, que tudo pode e tudo não pode.Bjos
Ainda tem tanta coisa dessas práticas que contam. Eu acho que a diferença é que hoje as pessoas sabem quais são os fundamentos. E também dá para descartar os que não ajudam, tipo a fita vermelha kkkk!
^^
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