É preciso que alguma coisa faça sentido
enquanto bebemos goles e goles de vodca.
Ou jogamos café pelo ralo da pia,
ainda quente, em um dia frio.
Te mando o bilhete do trem
cartão no teu aniversário
a foto do casamento dos teus pais
e aquela outra, de tua irmã, ainda criança,
fazendo pose
em frente a árvore de natal.
Naquela cidade pequena
esquecida no tempo de alguém
que não sou eu
Não, não sou eu
Nem a menina de nome estranho
que vinha
insistentemente
nos chamar para a rua.
(Perdidos todos os mapas
estamos às moscas como os sonhos
na padaria
de seu Januário)
nem tu, nem ninguém mais
Anne Cerqueira
fevereiro/2014
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