27 de fevereiro de 2009

Relato de coisa nenhuma

Fui fazer as compras do mês e encontrei o supermercado fechado "por causa de falecimento". Coisa que a gente só vê mesmo em comércio de bairro. Fujo das grandes redes porque compro com os olhos...
Na feira livre tropeço em minhas deficiências como dona de casa. Não sei escolher nada e fico com medo de estar trazendo gato por lebre. Os vendedores olham para mim como se perguntassem "de que planeta essa criatura veio?". Na melhor das hipóteses.
Faz tempo que NÃO me sinto cansadíssima, mas penso em ir ao cinema e desisto logo. Continuo acompanhando pelo dvd as trapalhadas de Samantha e James. Eles estão em Salem aprontando todas. É a sétima temporada, quase o finalzinho da série. Assisto um episódio e espero um tempão para começar o seguinte. Quem guarda poupa tem.

Climatempo:

Estes são os dias em que nunca chove
mas transborda.

(Under Pressure - Queen and David Bowie)

26 de fevereiro de 2009

25 de fevereiro de 2009

Estava pensando na vida...

... e cheguei a conclusão que era uma pessoa bem melhor quando tinha mais urgências. A verdade é que hoje jogo praticamente na retranca, só administrando a partida...

(E essas analogias todas com futebol, heim? Acho que estou precisando mesmo diversificar minhas áreas de interesse. Djá.)

24 de fevereiro de 2009

Meme do Teo

O Teo me passou um meme com as seguintes atribuições:

1º: Pegar o livro mais próximo:

2º: Abrir na página 161

3º: Procurar a quinta frase completa

4º: Colocar a frase no blog

5º: Repassar para cinco pessoas.

1 - O mensageiro (The Go-Between), de L. P. Hartley (que está próximo porque venho tentando terminar de ler, mas a preguiça bate)

2, 3 e 4 - "Se pensei em Ted tomando seu chá solitário em sua mesa de cozinha marcada com cortes de faca, foi para me perguntar como alguma vez chegara a estar lá"

5 - Repasso para:

Fernanda
Lélia
Augusto
Lyeah
Lia Sérgia

Com beijos para todos.

22 de fevereiro de 2009

A-do-ro !!

(Clique nas imagens para ampliar)

19 de fevereiro de 2009

Meus hábitos de leitura....

Peguei esse meme no blog da Nanda. Vou respondê-lo na maior cara de pau porque deixei de ser uma boa leitora há muito tempo. Mas como guardo ainda alguns hábitos, vamos lá:

1. Meus preferidos são os livros de poesia, não só pelo estilo, mas porque podemos lê-los de forma aleatória, criando novos contextos sempre. É uma leitura que recomeça ad infinitum, nunca está completa.

2. Sublinho, risco, dobro as pontas das páginas e faço anotações nos meus livros. Gosto da sensação de interferir neles dessa forma. Deixar impressões no relevo. Também é uma maneira de ajudar minha memória péssima.

3. Quando dou algum livro de presente não faço dedicatória. Não me sinto no direito.

4. A exemplo de meio mundo já perdi muitos livros emprestando-os e esquecendo a quem. Hoje evito.

5. Uma das coisas que me fizeram gostar de ler foi o fato dos livros ficarem ao alcance das crianças na casa dos meus pais. A gente podia manuseá-los a hora que quisesse, do jeito que quisesse..

6. Depois que li o post da Nanda, ontem, sonhei com uma coleção de clássicos infantis que eu tive. Eram três livros de capa azul, cujo título não me lembro. As ilustrações eram bacanérrimas também...

7. Nunca gostei da história de Alice no País das Maravilhas, porque achava tudo muito bagunçado e não conseguia sentir empatia por nenhum dos personagens.

8. Um dos primeiros poemas que causaram impacto na minha vida foi a Serra do Rola Moça, do Mário de Andrade. Li bem menina, não entendia muita coisa, mas sentia uma comoção profunda com a história. Conto foi Minsk, do Graciliano Ramos. E romance, Ana Terra, do Érico Veríssimo.

9. Tenho dois livros iguais que ganhei da mesma pessoa, com a diferença de vinte anos entre um e outro. A edição foi atualizada e ele disse que o significado do presente era "atualizar" também nossa história.

10. Não baixo livros no computador, não consigo me concentrar assim.

11. Nunca li vários livros ao mesmo tempo.

12. Quando era adolescente, não tinha internet, então vivia nas bibliotecas públicas atrás de revistas antigas. Tenho vício por elas e adoro lê-las da última página para a primeira.

13. Deveria ler jornal todos os dias, por causa do trabalho. Mas nem sempre faço isso. O que é péssimo para mim. (Antigamente era viciada também na parte dos obituários e proclamas de casamento)

14. Detesto que interrompam quando estou lendo. (Como detesto que interrompam quando estou na net, mas ninguém nessa casa compreende isso, ô povo).

15. Fui sócia do círculo do livro lá pelos anos oitenta. Eles não faziam entrega em domicílio e eu cheguei a esquecer os volumes várias vezes em algum lugar do caminho entre os correios e minha casa. Tinha que voltar e rezar para recuperá-los.

16. Depois que sai da universidade nunca mais fui a uma biblioteca para ler de pé (usando a expressão da Nanda).

17. Quando quero me inteirar do mundo literário converso com meu amigo Samuel que é uma biblioteca ambulante e fico lamentando imaginando o quanto estou a anos-luz desse assunto.

18 de fevereiro de 2009

Sem título, não me ocorreu.

Bem que tenho um bocado de coisas para contar sobre esses últimos dias: ruins e boas. Disparadíssimo a melhor de todas é que minha filha Lu passou no vestibular e em breve será a mais nova caloura de História da Universidade Federal do Recôncavo. Então, fechou-se um ciclo: todos os três encaminhados e eu meio sem função na vida deles porque agora, de fato, só me resta o lugar na torcida.
Entendam como deve ser difícil para uma mãe canceriana perceber a hora de passar a bola e deixar que eles façam o gol. (Nem sei se essa analogia com futebol ficou legal, acho que não, mas é o que me ocorre agora. E não se iludam, "mãe canceriana" é a expressão que uso no lugar de ciumenta, invasiva e possessiva. ). Tá, mas reconheço que a vitória é unicamente dela.
Valeu Lulu, amo você.
Quanto as coisas ruins das quais falei no início e que estão me deixando assim meio melancólica hoje, melhor nem comentar... porque, sob todas as perspectivas, não têm mesmo a menor importância....Ou melhor, têm, mas não deveriam...

15 de fevereiro de 2009

Programa de verão - bom prá carramba!!!

Bacana o Menu Confiança na versão "programa de verron", com o Claude Troisgros muito fofo ensinando a fazer farrofinha e casquinha de sirri com queicho de coalha, para o pessoal nordestina. Sem falar na harmonizacion com vinhe blanc...

Ai, Claude...me abraça? !

13 de fevereiro de 2009

Separados na maternidade...

E não é que o Jude Law vestido de mulher ficou a cara da Cristiane Torloni? Ou só fui eu que achei?

(Visual do filme Rage, dirigido por Sally Porter)

11 de fevereiro de 2009

Querido diário....

Precisava ir na rua hoje resolver um monte de coisas. Não fui. (E agora tudo vai ficar bem mais complicado).
Pos-ter-gar. Este verbo me define.

10 de fevereiro de 2009

Dona Zefinha...

Só convivi com meus avós paternos e ainda assim, muito pouco. Não tenho fotos, apenas imagens na memória. Mas é impossível lembrar deles sem relacionar imediatamente com duas coisas:
1. O frio gostoso de Garanhus, cidade onde moraram a vida inteira e que eu visitava nas férias, esperando que fosse nevar a qualquer momento. Sim, era péssima em Geografia quando criança. Sorte que depois melhorei o bastante para me dar bem nas provas. A graça, no entanto, foi embora...
2. Comida. Acontece que a familia do meu pai é especializada em demonstrar afeto assim, enchendo o prato da gente. Uma coisa que não deixa de ser emocionalmente perigosa, mas inegavelmente gostosa. E nesse caso então: o doce de figo era feito da fruta colhida no quintal e o cuscuz, com milho ralado na hora... A gente se sentava em uma mesa enoooooorme, com bancos de madeira parecendo aqueles de igreja e começava uma verdadeira celebração: dos sentidos, da familia, enfim... Até outro dia, lá ainda se cozinhava em fogão a lenha, negando as benesses da vida moderna. Vovó gostava que fosse assim.
Na verdade, eu tinha muito medo dela e nenhuma intimidade, mas uma coragem tremenda, presumo: um dia sumi e me encontraram no quarto de santos do qual ela tinha o maior ciúme. Ninguém em sã consciência entrava nele. Diante de uma mãe atônita e uma avó lívida, estava eu, no esplendor dos meus três anos, ninando uma imagem raríssima de São Francisco de Assis, como se fosse uma boneca. Minha mãe dizia que eu estava compenetradíssima, mas vovó não gostou nada da história, claro.
A partir dai, ela sempre sumia por algum tempo assim que a gente colocava os pés na casa. Aposto que era para se certificar que o quarto estava bem fechado. Mas a vigilância durou pouco. A última vez que fui lá, tinha doze anos. Depois, vovô e vovó viraram apenas notícia.

4 de fevereiro de 2009

Um acarajé cheio de dendê....

...para quem descobrir a blogueira no meio das 60 mil pessoas que foram no sábado ao festival de verão de Salvador. É fácil, só ir pelo frizz da primeira juba de leão que aparecer na foto. Resultado da chapinha que se mandou.
Pois é, Dinho, nem tudo pode ser perfeito...

Não tou legal !!!!

Acho um absurdo ficar seis dias sem postar, principalmente quando tem tanta coisa bacana acontecendo e bastava só um esforcinho prá achar um jeito legal de contar, mas não tou bem esses dias. Fico olhando prá tela, sem conseguir escrever nem um "o" com um copo, além do mais, me dá logo dor de cabeça e enjôo, parece praga do povo de casa dizendo que monopolizo o computador...
Fui pro festival de verão de Salvador no sábado, encomendei a sétima temporada da Feiticeira, enfim lançada pela Sony (falta apenas um boxe para fechar a coleção dessa série que amo tanto) e ainda um dos meus poemas foi usado em uma questão do vestibular da Universidade Estadual da Bahia. Te mete!!! E descobri da forma mais bonitinha possível, minha filha estava fazendo a prova, leu a questão e depois ligou prá mim toda emocionada: "Mãe, você virou Cecília Meireles". Menos Lu, menos....