25 de abril de 2013

Quando as palavras quedam inúteis

Marido passa uns vinte minutos tentando me convencer a escolher o restaurante na hora do almoço. (Tanto faz, escolhe você./ Não, escolhe você). Então resolvo acabar com o lenga lenga.
- Tá bom, vamos para o shopping.
Ele:
- O shopping, uma hora dessas? Cheio daquele jeito?!
Eu:
- O chinês.
Ele:
- De novo?
Eu:
-Tá, então vamos naquele que só serve bacalhau.
Ele:
- Aquele caro? Ganhou na loto?!

Ou seja.

14 de abril de 2013

Disfarça e sai de mansinho

Aqueles dias em que você não está a fim de ser simpático com ninguém e encontra meio mundo de gente. Inclusive a criatura super amável que faz a maior festa, conversa um tempão e você não consegue lembrar de jeito nenhum de onde conhece.  Ô vergonha!

13 de abril de 2013

Todas as coisas idiotas que você promete a si mesmo que não vai fazer mais. E acaba fazendo.

9 de abril de 2013

Isso!

A internet hoje não está ajudando nada. Já me irritei tanto entre uma queda e outra que fico me questionando por que não desligo toda a parafernália e vou ver um filme na tv. É mais ou menos quando estou jogando online e tudo trava. Tudo trava e tudo trava. Marido entra na sala geralmente no momento de maior indignação e pergunta:
- Você joga para que?
E eu quase aos gritos:
- Para relaxar, não está vendo?!!!!
Isso. A vida é ridícula mesmo.

7 de abril de 2013

Samba na tv (que título duvidoso)

Alcione e Bete Carvalho com cabeleiras vastas e bem vermelhas em um programa do canal GNT. Chamou a atenção. João Nogueira ainda estava vivo, então foi gravado antes de dois mil. Ele tinha uma voz linda, linda, mas eu não percebia na época. Alguns sabores são para paladares maduros, creio.
Especial bacana, mas com um delay terrível. Os cantores batiam a boca e o som só saia muito tempo depois. Seria engraçado se não desse aflição.

6 de abril de 2013

Aquela felicidade sobre nadas

Gente que se apega a tudo. Parte dois. Finalmente consegui assistir o último episódio de Brothers and Sisters, depois de protelar e protelar e protelar. Sempre o medo de perder pequenos prazeres. Então senti tanta falta que comecei a ver a série toda de novo. Essa sou eu. Às vezes penso: o que seria de mim se não fosse esse blog? Onde mais escrever coisas desse tipo querido e silencioso diário?

Com um poema da Adélia Prado recorrente hoje. Enquanto faço uma coisa e outra.

"Está meio chuvoso e é domingo,
feito um domingo antigo,
quando Ormírio chegou com Antônia,
sua filha de criação,
e me deu um cacho de uvas.
...
Como Antônia era tola eu era feliz,
o eixo da terra girava devagar,
eu cantava
a propósito de tudo,
a música de que mais gostava.
...
Vê, são passadas décadas
e é a mesma em mim
a prontidão para a chuva,
as goiabas verdes.
...
aquela felicidade sobre nadas".

(Mais eu do que qualquer outra coisa. Só que sem a prontidão. Se entendeu, curte)

4 de abril de 2013

Esse povo que sabe o que quer

Cozinho banana da terra para o jantar de meu neto de um ano e onze meses. Ele olha o prato e pede:
- Cuscuz.
Alguns dias depois, bebê volta a passar a tarde comigo. Me antecipo e faço um cuscuz daqueles que só avó sabe fazer. Caprichado. Sirvo o prato, coloco na frente dele e ouço:
- Macarrão. Luca quer macarrão.
Aprendi. Agora vou ter que perguntar antes.