30 de novembro de 2008

Das Quatro Estações - O outono

Novembro apagou nas buganvílias
seus nomes brancos, roxos, escarlates.
É mais difícil regressar a casa:
o caminho disfarçou, emudeceu
seu rosto nos muros e nas grades.

— Por onde seguiremos
sem que o outono espesso nos trespasse?

José Bento (Um sossegado silêncio, 2002)

Esse blog está ficando enfeitado que nem árvore de natal, reconheço, mas como sempre foi meu filho que cuidou dos layouts dos outros sites, descobrir essas ferramentas todas me transformou em criança que acabou de receber os presentes de Papai Noel....Daquelas que não saem na porta no dia 25 para não perder um minuto da brincadeira.
Aqui em casa era quase assim e ainda tinha a história da minha filha mais velha. A gente não podia nem jogar as embalagens fora porque ela brincava tanto com as caixas quanto com as bonecas. As vezes, muito mais com as caixas.
Acho que só mudou quando a irmã nasceu, pela concorrência, não sei....(provavelmente ela vai fazer um comentário daqui a pouco só para contestar essa parte).
Pois é, o tempo passou, os três cresceram e hoje são donos dos próprios narizes. Eu é que preciso penar horrores para deixar de ser dependente deles: um processo.

28 de novembro de 2008

Sugestões para a temporada de amigos secretos...ou ocultos, whatever...

Caneca com espaço para o biscoito.

Ou...

Xícara com gradação para a cor do café: tem umas bobagens que são bacaninhas....

27 de novembro de 2008

Apagou do livro todos os personagens.
Não quer a menina descalça
chamando da porta. Nem a moça confusa
imersa no rio. Ou essa ou aquela mais cedo
ou mais tarde.
Apagou todas sem dó, nem burburinho

E foi sentar-se à brisa, fazendo-se as vontades.

Anne Cerqueira

26 de novembro de 2008

De artificial por artificial....

Esses cientistas ingleses não têm mesmo o que fazer. Agora inventaram um robô que imita as expressões faciais. Coisa mais sem sentido, meodeos. Prá que gastar dinheiro com a pesquisa se a Claudia Raia e o Carmo de La Vecchia já tentam fazer isso todas as noites em A Favorita? E naturais como uma máquina. Eu heim!

A lógica da coisa....

A mulher vive de lavar roupa na casa de terceiros e tem cinco filhos pequenos. Hoje ouviu na televisão que os Correios lançaram a campanha de Natal desse ano e que qualquer criança pode escrever pedindo um presente a Papai Noel. A carta fica exposta na empresa até aparecer alguém que queira “adotá-la” e doar o objeto.
-A senhora pode escrever essa carta com o nome do meu filho João, professora?
-E a senhora sabe o que ele vai querer ganhar?
-Ele? Ele não vai querer nada. Eu é que vou pedir um caminhão de areia prá rebocar as paredes de lá de casa...
-Mas não pode não, dona Dete. É uma campanha de doação de brinquedos...
-E brinquedo é mais importante que areia?
-A questão não é essa. A regra dos correios é que só as crianças podem participar e mesmo assim pedindo brinquedos... É para manter a tradição do Papai Noel, essas coisas...
-Quando eu era pequena também quis um bocado de presente de Natal ...
-E...
-Nunca recebi nenhum...
-E...
-Papai Noel logo morreu prá mim...
-Tá vendo como essas coisas contam?
-É, mas quem morreu foi ele. Eu não.

Gente,

Estou querendo saber como adicionar links de favoritos, vídeos do You tube e um contador de visitantes na lateral dessa página. Alguém pode me orientar, please?

25 de novembro de 2008

Hoje choveu 43,5 milímetros em Feira de Santana. Quase a metade da chuva que é registrada normalmente durante todo o mês. Vi pessoas atravessando as ruas com água pelas pernas. Alguns carros logo atolaram em valas no Centro. O trânsito enlouqueceu e a cidade meio que parou por volta de uma da tarde.
O irônico é que a região vem de meses de seca castigando a zona rural. Outro dia mesmo vi na televisão um agricultor contando que a água que pegava na cisterna para beber com a familia tinha cor de café e que nunca tinha tomado um banho sem sofrimento.
O grande "sonho" da vida dele é ter água encanada.

Para o poeta Cezar Ubaldo, que me ensinou a ler Pessoa.

Ai que prazer não cumprir um dever.
Ter um livro para ler e não o fazer!
Ler é maçada, estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal, sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

(F. Pessoa)

24 de novembro de 2008

Só um pouquinho de reclamação, mas vai passar...

Há muito tempo descobri que as minhas insônias crônicas são apenas artimanhas para retardar o dia seguinte, quando quero evitar algo difícil. Como ultimamente tudo parece mais difícil do que é de fato, eis-me sempre aqui, lutando contra o sono e fingindo que é ele que tem coisas contra mim, coitado.
O que me faz crer que cabeça de gente é uma coisa complicada mesmo e que nem sempre basta reconhecer o problema para resolvê-lo.
Sem contar que os últimos dias foram pancada. Começando na quinta-feira de manhã com uma queda colossal na empresa onde trabalho. Me espatifei no chão de puro nervoso por causa da cirurgia que ia fazer à tarde. Dolorosíssima, por sinal. Me deixou de molho em casa, comendo só pastoso e gelado por três dias. O que me lembrou o comentário do meu querido Teo, no blog anterior: eu realmente estava precisando fazer as pazes com dona saúde, depois de menosprezá-la por anos a fio. Agora chegou a hora, afinal. Antes tarde do que nunca e essas coisas...
E ainda teve outra, como vocês já perceberam. Descubro que fui despejada de mala e cuia do blogger... que parece ter virado um serviço pago mesmo para contas antigas como a minha, que tinha mais de cinco anos e vinha desde o meu primeiro blog. Sem aviso com antecedência, sem oferecer outra alternativa senão a surprêsa. Pelo menos não vi. Só pediram que assinassem depois do fato consumado...
É dose... O bom é que toda mudança sugere movimento, como a bolinha rolando pela escada e ocupando novos espaços...
Então vamos nessa. A partir de agora, no more complaints, I swear.

23 de novembro de 2008

Amigos, ainda estou arrumando a casa. Entrem e sintam-se à vontade. Logo, logo, às coisas acharão o ritmo por aqui. Abraços a todos.