27 de abril de 2011

Criatura gentil e lapidada

Vou contar uma coisa para vocês. Estava folheando uns livros de culinária e percebi que tenho medo de comida amarela.  (Além de nojo de gelatina azul - essa é para quem já é antigo no blog).  Meu organismo não se dá com açafrão e descobri isso da pior maneira possível. Enxaqueca das brabas. Então quando vejo algum alimento dessa cor e sei que veio de corante, eu passo. Passo a vez. Mesmo correndo o risco de ser mal educada. Sei que o manual de etiqueta manda colocar uma porção pequena no prato, dar uma garfada e enrolar, mas sinceramente não me sinto pronta para isso. Além do mais tenho  nas veias o sangue daquele tio que chamou vatapá de "farofa molhada" e disse para a anfitriã que lhe serviu maniçoba:
- Ué, e eu vou comer mato?

Vibe garoto bombril

A micareta de Feira de Santana começa oficialmente amanhã e eu prometi a mim mesma que este ano não faria um post reclamando. Nada contra a festa, nada contra quem brinca, o mundo é de todos. O problema é que trabalho dobrado, stress aumenta, viro um bagaço ambulante que clama pela segunda-feira. Imaginem um ser vivente querendo que segunda-feira chegue logo. Parece impossível, mas não é.
Então, não reclamei. Reclamei?? E já que é inevitável, estou até juntando energia para entrar no clima:


Êeeeee ...

(Simbora!!)

26 de abril de 2011

O caso do vestido. Três.

Além do talento com linhas e agulhas a costureira virou uma espécie de celebridade no bairro por causa de uma galinha.  A ave achava que era um gato e vivia ora aninhada nos pés da dona, ora seguindo a criatura fielmente por tudo que é canto. Um sucesso de critica e  público que atraia um monte de curiosos e que terminou fatidicamente. Explico.
Mamãe resolveu encomendar um vestido e me levou junto. Eu estava com dois anos de idade e acabei dando uma de Felícia, aquela personagem da Looney tunes que gostava tanto de animais que praticamente torturava todos com excesso de carinho. (Eu vou te amar, te abraçar, te apertar até os olhos pularem para fora da cabeça... Gatinho, gatinho, gatinho). Levem em conta que naquela época eu não tinha a mínima ideia do que era força física e exagerei feio na dose quando tentei tanger o pobre bicho para fora de casa. Resultado: matei a galinha-de-estimação-da-costureira.
Acreditem, não é uma história da qual me orgulhe, mas enfim...

Ah, e o vestido? Não teve. Nem tempo. Eu e minha mãe saimos corridas de lá.

25 de abril de 2011


Onde assina?

24 de abril de 2011

No day but today

Ligo para o restaurante que nos fornece marmita. Quero saber o cardápio do domingo de páscoa.
- Só tem churrasco.
Bom, enquanto espero o almoço, assisto Funny girl na televisão pela centésima nonagésima terceira vez. Destaque para a cena em que a Barbra Streisand faz este número de dança sobre patins:


Uma homenagem maravilhosa a toda falta de jeito que existe nesta vida. Ok, estou definitivamente em casa.

23 de abril de 2011

Leia se tiver estômago forte

No meio do nada eu e meu marido iniciamos uma discussão sobre qual seria o animal mais asqueroso-da-face-da-terra.
Eu de pronto:
- Barata
Ele:
- Formiga
Eu cheia de razão (como sempre):
-Barata!!!!!!!!!!!!
E comecei a inventar apelar:
- Existem até estudos que...
Ele:
- Formiga come barata, barata não come formiga.
...
...
...
Nada como um argumento lógico para fazer você calar a boca.

(Eca)

22 de abril de 2011

O caso do vestido. Dois.

O vestido que significou uma mudança extrema na minha vida nem era meu. Uma das amigas de minha irmã tinha se casado um ano antes e o ofereceu para mim.
- Está novo em folha, para que gastar uma fortuna com outro?
- Então tá.
Tinha dezoito anos e casei numa quarta-feira de manhã. A recepção foi na sacristia da igreja mesmo. Enquanto estávamos comendo bolo (todo trabalhado em labirinto no bico perlê) e bebendo champanhe sidra,  entrou um morador de rua. Contaram que ele olhou o movimento, me viu e perguntou ao convidado mais próximo:
- É primeira comunhão?

21 de abril de 2011

O caso do vestido

O vestido que não mudou minha vida nem era meu. Era da minha amiga R. Ela mesma fez. Pink,  tomara que caia. Desses curtos com a saia armada de tule. Uma espécie de princesa modernosa (ou uma cinderela junkie, Lélia). A festa da escola estava próxima e eu disse:
- Me empresta
e ela:
- Tudo bem.
Depois desse diálogo profundíssimo chego em casa toda alegre e conto para minha mãe.
- Mãe, vou na festa com o vestido de R.
Para que? Mãe disse que não havia necessidade de usar roupa alheia, que o guarda-roupa (sem reforma ortográfica) estava cheio e que tinha acabado de fazer um macacão lindo, lindo, lindo para mim. Este pelo menos cobria os seios, ao contrário de outros.
Então terminou assim. R foi para a festa com um vestido verde-escandaloso. Eu fui de macacão e o vestido pink ficou no guarda-roupa. Tudo bem que dancei e namorei a noite toda e R nem tanto. Mas... sei lá, entende???

20 de abril de 2011

17 de abril de 2011

Felino feelings

Tenho sonhado recorrentemente com a casa onde morei até os onze anos. Fica aqui mesmo em Feira de Santana, mas totalmente fora do caminho.
Digo para marido: Vamos passar por lá amanhã? A casa está me chamando.
Ele:
-  Você conhece as pessoas que estão morando lá agora?
- Claro que não. E faz diferença? É só passar em frente a porta.
Ele fazendo cara esquisita:
- Já parou para analisar essa fixação? É a casa de sua avó lá em Garanhuns, é a última casa onde moramos antes de vir para este bairro, é a casa do tempo de criança...
Eu:
- O que é que tem?
- Sei não, parece gato.


15 de abril de 2011

Escrevi trinta e cinco posts em abril do ano passado. Olhando assim, nem acredito. O que houve de lá para cá? Mudei eu? Mudamos nós? Mudou o mundo? O que será, será? Aquilo que for, será? Não sei. Percebam que estou enrolando por pura falta de assunto, mas tenho uma história prá contar que vi - onde? Na televisão, claro. Um aposentado economizou durante sete anos para presentear a esposa com um carro, nas Bodas de Ouro. Mas o xis da questão não é nem esse. A criatura pagou o veículo zero todinho com moedas. Só fico imaginando a cara dos funcionários da concessionária que precisaram contar uma por uma...
Então o repórter perguntou para a mulher dele: a senhora fez o que para ajudar seu marido neste tempo?
Ela:
- Não gastei.

Comofaz?

12 de abril de 2011

11 de abril de 2011

Estrelas

Os álbuns de fotografia me ajudaram muito a entender a história da familia. Meus pais vieram de Pernambuco para a Bahia antes do meu nascimento e acabei sendo criada longe de tios, tias e avós, então só restaram as fotos e as histórias que minha mãe contava. Pensem ai: canceriana + vibe saudosista + fotos antigas = tudo a ver. Fora que as pessoas nas décadas passadas pareciam ter um glamour, um charme que hoje a gente não encontra em lugar algum. Não duvidem não, pois tenho provas.


Minha mãe.

( Eu:
- Nossa, parece uma artista de cinema.
E ela ria, contava a história da foto, descrevia o vestido...)


Vanilda, mãe de Clóvis.

Por uma dessas reviravoltas da vida esta foto chegou até mim semana passada e eu achei tão bonita que resolvi postar. Clóvis é meu amigo desde o tempo de universidade e lê o blog sempre,  mas raramente comenta. (Ai, ai, que feio!! Mesmo assim ganha um beijo).

Uma observação de Clóvis de Vanilda :  Os que estudaram ou trabalharam na UEFS devem lembrar dela, uma senhora de cabelos pintados que vendia cartões feitos de plantas e lia mão.

6 de abril de 2011

Quatro dias sem postar e chego cheia de novidades. Êeeeeee!!!

. Mudou o horário de trabalho às segundas-feiras. Não preciso mais acordar às cinco e meia da manhã. Só às seis e meia.
. Descobri um lugar que vende a melhor torta de frango do mundo. Tem gosto de camarão.
. Começou Ídolos 2011
...
...
...
Perceberam, né? Minha vida BOMBA!!!!

2 de abril de 2011


- Pai, como você está?
- Como estava há vinte anos. Mas cada vez menos.

(Pais, filhos e etc. França 2003)

1 de abril de 2011

Otimista

Uma criatura estava falando com um grupo de amigos sobre a importância de se manter otimista sempre (ou coisa que o valha ou sei lá o que).
- Quem não tem problemas? Vai parar por causa deles? É preciso mentalizar que tudo nesse mundo tem jeito. (Nesse ponto ela parou, pensou no que disse e completou logo em seguida)
- Fora o que não tem jeito, né?

Tá.