28 de janeiro de 2010

Eu e minha agenda ou Simples assim:

Hoje é aniversário de minha sobrinha (a quem adoro). Vai ter festa. Festão.

Não vou.

O livro sobre nada

. Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.

. Tudo que não invento é falso.

. Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.

. A inércia é o meu ato principal.

. Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.

. De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra — Como um lápis numa península.

Manoel de Barros

"Ando em vias de ser compartilhado.''

Twitter em homenagem ao poeta Manoel de Barros. É nessas horas que eu amo, amo, amo o mundo moderno.

26 de janeiro de 2010

Calendário 2

Hoje é o dia da gula, como se não fosse todo dia.


24 de janeiro de 2010


As vezes tenho essa impressão também. As coisas não passam, se acumulam.

23 de janeiro de 2010

Sábado

Fiz um roteirinho bonitinho prá aproveitar bem e cedo o único sábado de folga do mês. Tudo lindo, combinado e...acordo com cara amassada às onze da manhã. Meu corpitcho cansado fez seus próprios planos, pois é. Sorte dele que nenhuma das atrações do festival de verão deste ano me interessou. O povo da empresa foi prá Salvador no bate volta, quinta passada (você vai, dança, bebe, se descabela e volta às seis da manhã direto pro trabalho). Já fiz muito isso, mas este ano realmente não deu.
Mudei não povo. Só perdi a urgência.

22 de janeiro de 2010

Casa de avó, poesia e internet

Estava contando prá ela: ando com uma vontade tremenda de voltar a ler regularmente, mas a preguiça bate que é uma coisa. Esta semana fui na Atlantica, me empolguei e separei quatro livros - que não trouxe. Desisti na hora agá, assim do nada. Em compensação, vivo de site em site procurando os  poemas dele. O problema é que a internet facilita muito as coisas. Parece casa de avó, lhe acostuma mal. A última vez que fui na casa da minha, lá em Garanhuns, tinha 12 anos:



Faz tempo, mas lembro bem.

Microconto

A casa agora respirava silêncio sem o martelar nervoso das máquinas ou o barulho do papel retirado bruscamente, amassado e jogado fora em um gesto destituído de qualquer autocomiseração. No cômodo menor, o homem enclausurado numa mudez aguda e deliberada. Um sono imenso que calava tudo. Horas, dias... até que alguém por acaso trouxesse a senha para devolvê-lo à existência. O carteiro através da janela, o antigo motorista que passava para rever o lugar, qualquer pessoa que ainda lembrasse e o chamasse pelo nome. Não o vento, mas sons inteligíveis vindos da rua.
Assim, sem notar, o homem que tanto negava as palavras era - dolorosa e continuamente - recriado por elas.

Lie in the sound



I am falling
say my name

21 de janeiro de 2010

A pergunta que não quer calar

Por que só tenho amigo doido?

A maluca da Julys estava de folga hoje e mesmo assim ligou cedo prá empresa:
- Anneteeeee, estava escutando o Eric Clapton e lembrei de você... Cadê o cd dele que lhe dei? Você ainda ouve?
- Na verdade não, Julys...
- Não, Anneteeee? Como é que pode? Poxa.
- É que você me deu um dvd. E do Simply Red

20 de janeiro de 2010

#conteumsegredo:

Falo sozinha e disfarço cantando.

Cinema

Achei legal o G. Ritchie ter dessacralizado o Sherlock Holmes, mas as vezes parecia que estava assistindo um Agente 86 bem cuidado. Com a diferença que o personagem principal agora era realmente esperto. Contaram  uma mesma piada três vezes (spoiler: quando ele usa o ferro magnético prá jogar o gigante prá longe). Ai já é abusar. O Robert Downey Junior é quase sempre maior do que os filmes, vivo dizendo isso. Um dos meus atores preferidos ever ever ever. Antes vimos um trailler com o Mel Gibson. Putz como tá velho. Falei prá minha sobrinha que Mel foi o Robert Pattinson do meu tempo. Mas nem sei. Tinha o John. Travolta.

17 de janeiro de 2010

Na foto: Clive Brooks como Sherlock Holmes, 1932.

O Holmes dos livros de Conan Doyle nunca disse: Elementar, meu caro Watson. A frase foi inventada pelo cinema.

(Então, vocês viram o filme do Guy Ritchie? Recomendam?)

15 de janeiro de 2010

Ele dizia:

Seu mal é ser uma pessoa sem ambição. E eu tentava provar o contrário, inutilmente. Hoje até argumentaria: tenho ambição sim. Escrever do jeito exato que a gente fala.
Então lembro lá de casa:
-  Cara é de cavalo. Rosto é de livro. Face. Pessoas têm face. (E acho sinceramente que me ensinaram errado).

Savage Chickens e a ressaca das coisas


A vida em oito passos simples:
1 - Repita os outros sete até a morte.


- Cinco horas, nem acredito que ainda estou com esta tela aberta
- Enfim em casa...


Teste:
A vida pode ser mais do que isso?
Sim/Não???
- Droga, eu deveria saber a resposta...
****

As tirinhas do Doug Savage circulam pela internet há cinco anos, conheci tem pouquinho tempo. Atraso de nada, nem ligo. Convivo comigo há séculos (seculorum) e só agora descobri que este eterno desânimo é pura ressaca das coisas. Quanto mais.

13 de janeiro de 2010

Divagações na volta do supermercado:

Moro no maior município do interior baiano, também maior entroncamento rodoviário do Norte/Nordeste. Por aqui passam diariamente milhares de carros e caminhões vindos dos quatro cantos do país.



Mais de seiscentos mil habitantes, tradições culturais fortes



Indústria forte (este ano estão sendo esperadas dezenove empresas, no mínimo). Setor imobiliário também em expansão. Cada dia surge um prédio novo em Feira de Santana.



Agropecuária forte. Comércio forte. Uma beleza!
Então por que cargas d`água é tão difícil achar um simples pote de geleia de laranja nesta cidade?
Juro que gostaria de saber.

12 de janeiro de 2010

O tal livro

Liguei para uma antiga colega de universidade que compartilhava comigo o gosto pela obra do Garcia Marquez.
- Jota, lhe emprestei aquele livro do Gabo que tem aquele conto do fantasma que desarruma as rosas? Já morri de procurar e nada. Tá com você?
Ai ela me lembrou. O livro não era meu, era da biblioteca da instituição. A gente, inclusive, passou um tempo se revezando com ele. (Eu devolvia prá biblioteca, ela pegava emprestado e vice versa).
Tá, nem fiquei triste com o resultado do telefonema (só pela memória comprovadamente ruim). Pelo menos agora vou ver se paro de sonhar com botas cheias de lama secando perto de um forno. Na verdade, nem sei se é mesmo uma imagem deste conto, mas acho que é e gostaria de tirar a prova. E antes que vocês questionem: não, não perguntei isso a Jota. É uma coisa tão particular que vou ter mesmo que descobrir sozinha. (Re)lendo.

Salários e sobremesas

Ganhei o primeiro salário da minha vida em um mês de outubro e não deu outra, gastei todinho com presentes para a filharada. Não que fosse grande coisa, era estágio e tal, mas ainda deu para encher as pastas de papel de carta das meninas com modelos de toda cor e cheios de frufru - um hobby em alta naquele tempo e que no meu entender equivalia aos inúmeros álbuns de figurinha que colecionei quando criança. Depois troquei os álbuns pelas fotonovelas e tudo bem, com a diferença de que nunca deixei uma leitura prá depois, mas cansava de guardar as figurinhas ainda no envelope sem abrir (prá não gastar a alegria de vez) e acabava esquecendo delas. Isso até deixar de ganhar uma bonecona lindona porque a figurinha premiada ficou tanto tempo no guarda-roupa que a promoção acabou. Talvez esta seja até uma desculpa bem esfarrapada prá concordar com o gif abaixo. A vida é curta, coma a sobremesa primeiro. Pois é, digo por experiência própria, nada de deixar o melhor pro final. Vamos logo para a cereja do bolo. A ameixa do bolo. A noz do bolo. Tá, vocês entenderam.


11 de janeiro de 2010

Barbara



Este poema do Jacques Prévert fala sobre a estupidez da guerra e é bonito que doi. Por si só. Então juntaram música e ficou também muito bacana. Mas vou contar, mesmo que os tradutores online não existissem para salvar a pátria (no meu caso que não sei lhufas de francês) ainda valeria a pena escutá-lo horas a fio sem entender patavina, só pela incrível sonoridade deste idioma.
Amurrusamón,
Barbarrá
Don sê brá
Pli lorrage....e assim vai.
Confere ai.

10 de janeiro de 2010

Falou e saiu andando

- Mãe, como é mesmo o nome daquele ator que fez Hulk no cinema?
- Qual...
- Aquele...Alguma coisa Banana...
(eu com cara de quem não estava entendendo nada)
- Banana?
- Fez Troia também...
(pausa)
(Insight)
- Eric Bana!!!!
- Ah...(maior cara de desentendida)... por isso que não conseguia achar nada sobre ele no Google...

O grande livro de receitas de Claudia

Virei tudo pelo avesso e nada do livro do Garcia Marquez com o tal conto. Devo ter emprestado prá alguém e não lembro. Normal. A coisa boa é que além de jogar fora uns três sacos cheios de papel velho, O Grande Livro de Receitas de Cláudia ressurgiu das trevas. Apareceu e já acharam uma utilidade pra ele. Mesmo:


Pois é, mais uma gracinha do povo cínico adorável desta familia.

Meu mais querido

professor de Literatura

8 de janeiro de 2010

Bronca

Ontem levei uma super bronca da minha filha por "mudar constantemente o layout do blog, reescrever posts depois de publicados, trocar foto, deletar foto e outras coisas do gênero". Bom, se mais alguém se sentir incomodado com as manifestações de uma mente totalmente neurótica, minhas desculpas. Mesmo. Sinceras.
No mais, perdi Jorge e Miguel se engalfinhando por causa de Luciana
a estrela Dalva não emplacou comigo
ando sonhando com um conto do Gabriel Garcia Marquez, mas não sei onde o livro está
e amanhã acordo cedo, como sempre.
Pois é, a dinâmica das coisas continua independendo das nossas vontades.

7 de janeiro de 2010

Meu mais querido professor de Literatura

...dizia que os poetas passam a vida inteira escrevendo sobre a mesma coisa. Toda vez que releio os posts daqui (para me martirizar com textos mal amarrados e errinhos que escaparam) percebo que alguns blogueiros também.

Filosofias inesperadas

Na correria de mais uma manhã de trabalho com várias coisas ainda para resolver um dos meus colegas sai com essa, assim, de repente:
- O mundo...
 - Hein?
- O mundo....
- Quié que tem?
- É uma bola solta no meio do universo!
Enquanto penso se levo a sério ou não, um outro rebate:
- É, mas aproveita enquanto a gente não cai e vai cuidar da vida porque além de tudo ele gira rápido....

3 de janeiro de 2010

Vejam só...

As coisas não pararam de acontecer, o blog é que deixou de captá-las. Na verdade estamos nos olhando com uma certa desconfiança ultimamente. O Belos e eu. Reveillon. A vida meio que saiu dos eixos de quinta-feira prá cá com direito a agenda intensa. Nem me perguntem como. O fato é que ando doida prá reencontrar meus velhos hábitos:
- Alguma novidade?
- Não, nenhuma.
- Ai, Graças a Deus.
Cinema. Avatar é um jeito bacana de contar uma história velha batida. Ponto pro Cameron.

2 de janeiro de 2010

- E ai, como está de ano novo?
- Ah, totalmente zen.
- É mesmo?
- Zen paciência prá tudo.