31 de janeiro de 2009

André Abujamra:

O mundo é pequeno prá caramba
Tem alemão , italiano , italiana

O mundo filé milanesa
Tem coreano , japonês , japonesa

O mundo é uma salada russa
Tem nego da Pérsia , tem nego da Prússia

O mundo é uma esfiha de carne
Tem nego do Zâmbia , tem nego do Zaire

O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China

O mundo tá muito gripado
O açúcar é doce
O sal é salgado

O mundo caquinho de vidro
Tá cego do olho , tá surdo do ouvido

O mundo tá muito doente
O homem que mata
O homem que mente

Por quê você me trata mal
Se eu te trato bem

Por quê você me faz o mal
Se eu só te faço o bem

Todos somos filhos de Deus
Só não falamos a mesma língua ...

Everybody is filho de God
Só não falamos a mesma língua...

30 de janeiro de 2009

A despeito da nova foto do blog:

Sempre precisei ser salva. Por isso leio poesia.

27 de janeiro de 2009

O corpo doi, mas o ouvido tá legal.

A casa toda está cheirando a cânfora por causa do remédio para dores musculares que estou usando. Elas vieram não sei de onde e simplesmente se alojaram nos meus ombros há uma semana. Mas mesmo com dor eu tô feliz: Li que o Rufus W. vai lançar no meio do ano um álbum do jeito que sonho há tempos: simples, sem a grandiloquência instrumental dos últimos trabalhos, elemento que só serviu para mascarar o que ele tem de melhor: a voz e as letras que escreve.
O lindinho disse: "Eu sentado sozinho no estúdio fazendo música”. E eu, me guardando prá quando julho chegar. Iuhhhhhhhhhhhhhuuuuuuuu.

BBB 9

O problema de Nonô não sair hoje é a casa acreditar que ele é forte e demorar para colocá-lo de novo no paredão. Haja paciência!!!!

I saw her standing there...

Nem na minha infância querida que os anos não trazem mais, passando férias na casa de tia M. e construindo cidades inteiras de lego, imaginaria uma coisa dessas....
E o gritinho das fãs?
Fofo.

25 de janeiro de 2009

As verdadeiras donas de casa desesperadas

(Anne Taintor magnets)

Dia do sol...

Abro portas e janelas, mas nada diminui o calor insuportável. Ouço o barulho vindo da rua...uma miscelânia de sons indecifráveis. O domingo tem sua dinâmica própria, espremido entre o desejo de parar e a necessidade de seguir.
Há muito não me sinto mais segura nele.

23 de janeiro de 2009

Auxílio luxuoso

"A atriz Deborah Kerr é uma referência fundamental do cinema, principalmente pelo seu papel em "A Um Passo da Eternidade" (From Here To Eternity), de Fred Zinnemann, 1957. Ela faz uma mulher adúltera que, em seqüencia marcante do cinema, é beijada por Burt Lancaster na areia da praia, com a água do mar envolvendo-os. Tanto é referência que Rita Lee incluiu-a na letra de "Flagra", tema da novela "Final Feliz", no verso "Se a Débora quer/ que o Gregory peque", também uma evocação ao ator Gregory Peck. Eles atuaram juntos em "O Ídolo de Cristal" (Beloved Infidel), de Henry King, 1959. O verso é título de postagem de Anne Cerqueira em seu blog "Belos e Malvados".

Um abraço Dimas e obrigada pelo auxílio luxuoso.

22 de janeiro de 2009

American idol

Então começou mais uma temporada... só para jogar na minha cara que sou uma mulher sem palavra. Todo ano é assim, meu candidato favorito sai antes da final e eu saio batendo a porta. Digo que não assisto mais, que é tudo marmelada e essas coisas... acontece que sou cafona, babies: por um bom programa de calouros e desfile de miss, desmarco qualquer compromisso. E até mudo de opinião. Mesmo.

(Uma desculpinha prá postar esse vídeo do Michael Johns, na seleção do ano passado, cantando Bohemian Rhapsody, do Queen... uma voz limpa, sem firulas. Acho bacana demais)

Em tempo...

Lélia avisou e achei que seria legal repassar a informação prá vocês:
A tv Cultura vai exibir logo mais, às dez da noite, um especial sobre a Maysa, produzido em 75, com direção do Antonio Abujamra. Foi a última participação dela na tv. Para quem gosta ou passou a gostar do estilo fossa é imperdível. Eu acho! Mas o especial não vai ao ar à toa: hoje completam-se 32 anos que a Maysa morreu.

20 de janeiro de 2009

Leminski:

Eis a voz, eis o deus, eis a fala,
eis que a luz se acendeu na casa
e não cabe mais na sala...

19 de janeiro de 2009

Se a Débora quer que o Gregory peque...

Desconfio que estou com fixação nessa coisa de idade, visto que é o terceiro post sobre o assunto que escrevo nos últimos dias. Mas não é que a Natália do Vale parece mesmo conservada no formol? E arrisco até dizer que ela está bem melhor hoje do que há vinte e sete anos, quando estrelou Final Feliz, aquela novela bonitinha da Ivani Ribeiro, que tinha as praias do Ceará como cenário e "Flagra" da Rita Lee na abertura.
Algum de vocês lembra?
A Natália fazia par romântico com o Wilker, mas a Lídia Brondi e o Buza Ferraz roubaram totalmente a cena. Dois sumidíssimos.
Falando nisso, no youtube tem uma entrevista da Lídia contando que já noticiaram tanto a morte dela, que nem se assusta mais. E que no fundo, no fundo, esse também é um jeito de ser lembrada. Bom jogo de cintura, Lídia. Savoir-faire puro.

18 de janeiro de 2009

Titio cruel...

O apresentador Clinton Kelly tentando explicar a uma participante do Esquadrão da Moda, porque ela deveria se vestir de acordo com a idade, trinta e cinco anos:

- Dessa maneira (com blusas e saias curtíssimas) você está concorrendo com as meninas de 18 anos. E quer saber? As meninas de 18 vão ganhar sempre.

Ui. Gentileza não é seu forte, fofo.

Sapatos para não sair do lugar...

Ou...
Esses estranhos instrumentos de tortura.

Eis que o designer italiano Antonio Berardi resolveu criar sapatos futuristas, sem salto e sem noção, definitivamente. E custam caro: seis mil e oitocentos reais. Apesar do preço, ótimos para presentear desafetos, só pode.

17 de janeiro de 2009

Meu modelo favorito e a paisagem pela janela....

O problema com as férias é que elas acabam.

16 de janeiro de 2009

De volta....

Sumi sem dizer nada porque viajei e pensei que ia voltar logo, mas o sol, a praia, a preguiça e as horas intermináveis de conversa jogada fora com vista para o mar foram segurando a gente. E lá não tinha computador por perto, acreditem. Uma beleza. Dormir, acordar e aproveitar o dia...Mas bastou pegar a estrada de volta hoje cedo para pensar nos problemas, na vida, em tudo que ficou pendente a espera de uma solução...enfim.
O bom é que também pude voltar para o blog, que é uma das coisas que mais gosto no mundo. Estar aqui, nem que seja prá dar um oi, mandar um beijo e dizer que estava com muitas, mas muitas saudades de todos vocês...

7 de janeiro de 2009

6 de janeiro de 2009

Olhos de ressaca...

O jornalista Dimas Oliveira contou em seu blog que Maysa já esteve aqui em Feira de Santana. E foi um vexame, ao que parece."Ela estava embriagada e não queria subir de jeito nenhum no palco do Feira Tênis Clube. Foi posta lá a pulso (à força, na marra)". Dessa eu não sabia. E também não gostei do primeiro capítulo da minissérie, achei tudo muito forçado demais...
Mas claro que me "debulhei" com a trilha sonora, fazendo jus ao apelido de "olhos de chorona". Chorona sempre fui e a questão dos olhos é que eles são assim, meio caídos, tanto que nunca sairam bem em fotografias. Vide o exemplo no post anterior. Mas a foto abaixo me salva de alguma maneira porque na hora do flash desviei o olhar para meu irmão. Nós dois, um par de jarros, vestindo casacos iguais, só que de cores diferentes. O problema é que sou do tempo das fotos em preto e branco e esse detalhe escapa...mas também sou do tempo da fotografia digital, ora bolas e thanks God.
E falando em tecnologia, estou super contente. Segundo o Google Analytics esse blog já tem o mesmo número de leitores fixos que o anterior. Não sei se são as mesmas pessoas porque a maioria não se identifica e muito menos comenta. O que é uma pena. E uma grande desvantagem: ser conhecida, sem conhecer. Mas tudo bem, sintam-se à vontade sempre. Inclusive no silêncio.
E além dos leitores fixos, ainda tem aqueles que chegam aqui através dos sites de busca. Em um dos casos mais recentes, a criatura estava a procura de "brinquedo malvado", que deve ser o Chuck, presumo.

5 de janeiro de 2009

Retrato da blogueira quando criança...

Há um retrato de água e de quebranto
Que do fundo rompeu desta memória,
E tudo quanto é rio abre no canto
Que conta do retrato a velha história ...

(Saramago)

4 de janeiro de 2009

A vida secreta....

Deixa eu contar melhor. O cartaz do filme engana, não é um romance. É um drama sobre sobreviventes de guerras. Guerras de fato (e guerras internas), que deixam marcas tão terríveis que você sente vergonha por não ter morrido.
Se tivesse seguido minha intuição, não teria visto, porque não é um filme feito para agradar.
Um personagem fica cego temporariamente. O outro é surdo. Entre eles, as palavras. E essas podem ferir tanto quanto qualquer outra arma. Mas também podem redimir. E é bem num contexto desses que uma frase aparentemente simples soa desconcertante: "posso aprender a nadar...". Pow no seu estômago. Você já vinha de golpes anteriores e ainda vai para outro, muito maior. Só vendo para entender.
Não sei se achei bom ou ruim. Sei que não sai ilesa.

Fujo de filmes assim, dolorosos assim, mas ontem baixei a guarda...

...e levei um soco gigantesco bem na boca do estômago.

Maysa

Devia ter uns doze anos e estava brincando na rua com outras crianças quando minha mãe apareceu esbaforida no portão de casa: Sabe quem morreu? A Maysa Matarazzo....
Choque total.
Dos seis filhos, eu era a mais próxima de minha mãe naquela época. Vivia grudada nela, absorvia quase por osmose seu amor pelo cinema, seu gosto pela música. Cresci cantando junto com ela e a radiola: ''...se meu mundo caiuuuuu". E outras pérolas do cancioneiro nacional.
Eu a entendia. E a amava com uma intensidade tão absurda que achava que sentia o que ela sentia.
- Do que foi, mãe?
- De acidente... vai passar no jornal, vem ver...
Claro que fui.

2 de janeiro de 2009

Alô 2009

Sorvete e coca-cola para saudar o ano novo. Os meninos viajaram e Hélio trabalhou à noite. Dormi cedo para aguentar o tranco de outra escala de plantão. A casa precisando de uma boa faxina....Preguiça de entender as mudanças ortográficas. Todo mundo só fala no trema. Passei aqui correndo, correndo. Sonhando em desacelerar, como sempre...
(Sim, eu sei, esse ano vou continuar comendo mal, dormindo mal e trabalhando um bocado, na melhor das hipóteses, porque faz parte da minha natureza não mudar. Porém como já disse o Gil: Tudo permanecerá do jeito que tem sido. Transcorrendo, transformando). Ou seja: tudo igual, mas diferente.