6 de abril de 2013

Aquela felicidade sobre nadas

Gente que se apega a tudo. Parte dois. Finalmente consegui assistir o último episódio de Brothers and Sisters, depois de protelar e protelar e protelar. Sempre o medo de perder pequenos prazeres. Então senti tanta falta que comecei a ver a série toda de novo. Essa sou eu. Às vezes penso: o que seria de mim se não fosse esse blog? Onde mais escrever coisas desse tipo querido e silencioso diário?

Com um poema da Adélia Prado recorrente hoje. Enquanto faço uma coisa e outra.

"Está meio chuvoso e é domingo,
feito um domingo antigo,
quando Ormírio chegou com Antônia,
sua filha de criação,
e me deu um cacho de uvas.
...
Como Antônia era tola eu era feliz,
o eixo da terra girava devagar,
eu cantava
a propósito de tudo,
a música de que mais gostava.
...
Vê, são passadas décadas
e é a mesma em mim
a prontidão para a chuva,
as goiabas verdes.
...
aquela felicidade sobre nadas".

(Mais eu do que qualquer outra coisa. Só que sem a prontidão. Se entendeu, curte)

4 comentários:

Lucila disse...

te amo!

Belos e Malvados disse...

Também te amo, Lu. Beijos

Caminhante disse...

E o que seria de nós sem este blog, que nos faz conhecer você?

Belos e Malvados disse...

E eu a vocês, não é? Um beijo Fernanda.