30 de junho de 2014
28 de junho de 2014
27 de junho de 2014
23 de junho de 2014
E se assim não fosse, como seria?
"Nós e nossas misteriosas disposições pessoais para o erro"
André Gomes - Revista Bula
André Gomes - Revista Bula
14 de junho de 2014
13 de junho de 2014
11 de junho de 2014
Banzo e sapatos
Faz tempo que decidi tirar de minha vida toda ideia de tristeza. Mesmo que fosse preciso parar de ouvir meus artistas favoritos (aquele que se matou com uma faca no peito. O outro que morreu afogado no afluente do Mississípi. Tantos levados por doenças avassaladoras, outros que morreram de overdose. Sem falar nos que ainda estão por ai se arranhando com a vida).
Prosa, poesia nem pensar.
Existir na superfície. Buscar só o riso fácil, não me engajar em luta nenhuma.
Muito light.
Muito clean.
Me entreter com os desenhos animados que acompanho com meu neto, tentando enxergar a vida como ele enxerga, ainda sem dor, sem nenhuma mácula. Tudo tão fácil de resolver na última cena.
Me entreter com os desenhos animados que acompanho com meu neto, tentando enxergar a vida como ele enxerga, ainda sem dor, sem nenhuma mácula. Tudo tão fácil de resolver na última cena.
Eu acho a vida boa, acho sim. Na verdade, não estou reclamando.
Talvez seja a tal crise da meia idade.
As coisas parecem tão definitivas agora e, ao mesmo tempo, penso recorrentemente que a vida me espera em algum outro lugar onde não vou chegar nunca porque perdi o bonde ("e a esperança. Volto pálido para casa")
A amiga diz: "alegria vem em frascos".
E eu penso:
- Não me interessa mais ser cínica.
Talvez apenas sapatos confortáveis.
No fim, é como pular da frigideira para o fogo: superfície não se basta. E eu ando triste porque não sei mais como sair dela.
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