28 de março de 2010

Roberto Carlos

Top 5

Caminhante me passou este meme e logo vi que era impossível responder sem ser memorialista porque as principais referências que tenho do Roberto são da minha meninice e adolescência, não tem jeito. Então revirei o bau e o resultado foi este. Minhas preferidas:

1. O velho homem do mar. Um doce para quem conhece. Minha mãe colecionava discos do Roberto que já eram antigos quando eu comecei a me entender por gente. Esta música faz parte de um deles e conta uma história com começo, meio e fim. Bonitinha e triste. Eu ficava imaginando a alma do pobre velho vagando no mar e chorava horrores.

2. Coimbra. Do mesmo disco de O velho homem do mar. Foi ouvindo esta música que alguém lá de casa me contou sobre o romance da Inês de Castro com Dom Pedro e o que significava o ditado a " Inês é morta". Além disso é bem bacaninha mesmo.

3. A montanha. Marcou as férias na casa de tia M, em Alagoas. Ela gostava tanto desta música que ouvia o tempo todo, quase sem descanso. O destaque era o coro que eu, meus irmãos e primos fazíamos por pura algazarra na hora do refrão.

4. Ilegal, imoral ou engorda. Meio que dispensa explicações. Fui adolescendo e querendo saber por que quase tudo que parecia bacana era proibido. Sem contar que até hoje tenho a impressão que tudo que eu gosto pode até não ser ilegal, nem imoral, mas engorda que é uma beleza.

5. As curvas da estrada de Santos. Não conheço Santos, nem a estrada de lá, só imaginei bastante ouvindo esta música. Fico pensando, se um cabeludo tivesse aparecido na minha rua e dito: Baby, vamos correr perigo nas curvas de Santos - eu não teria ido. Não mesmo porque coragem nunca foi meu forte. Mas teria adorado.


27 de março de 2010

Dizem que a paixão o conheceu
mas hoje vive escondido nuns óculos escuros


Al Berto
Tem gente que faz tudo parecer simples sem ser simplista. Admiro. Escrever, por exemplo. Aquilo que você elabora durante séculos e não sai, é traduzido num instante por outra pessoa. Que nem este texto do Veríssimo lá no Twitter.

A menina então entendeu que era preciso botar o CEP. Num universo assim, era preciso fixar um detalhe para você nunca se perder. Era preciso escolher um detalhe da sua vida, em torno do qual o Universo se organizaria. Cada pessoa precisava escolher um momento, uma coisa, uma espinha no rosto, uma frase, um veraneio, um lugar em que pudesse ser encontrada.

Tá bom que ele falava sobre outra coisa, mas é exatamente isso que penso sobre ter um blog diarinho.

25 de março de 2010

Coisas que combinam com chuva

Café. Muito café
ninguém-por-perto
eu.

Maior peso na consciência por gostar tanto quando o tempo fica assim. Especialmente assim como hoje, chuva sem parar, céu de um cinza incomunicável. Sensação pura de conforto prá mim. Mas a cidade se acaba em um minuto.

21 de março de 2010

O que é um pontinho azul no jardim?
...
...
...
Uma blueboleta.
Bobinho, mas bonitinho, confessem. Vi num filme que nem sei mais qual. Só lembro disso. Dias difíceis. Muita, muita dor muscular e bolsas e mais bolsas de gelo nos ombros. A nuca incha que nem mandiopã, ploc. Fibromialgia, a doença da moda, o médico falou. Coração, fígado, pulmão, tudo ok. O que está me matando é o stress. Quero novidade, doutor (aliás, em se tratando deste assunto é melhor não).
Dia mundial da poesia. Somente com o ultimo homem morrerá o último poeta. 
Vou trabalhar daqui a pouco. A vida é real e de viés.
Ganhei um presente maravilhoso e também me dei um presente maravilhoso, mas conto isso depois.
(Este post vai ficar assim em aberto para, quem sabe, ter vontade de continuar amanhã. Boa desculpa, né? Então.)

20 de março de 2010

Tchau verão
Desculpaê, mas já vai tarde.

17 de março de 2010

Vocês sabem...

dobrar lençol com elástico? Eu não. Quer dizer, não até agora:



O resultado é beeem melhor que aquelas bolas de tecido que costumo jogar no guarda-roupa na hora da paciência zero.
Roubei dela

15 de março de 2010

If you are lonely when you're alone, you are in bad company

Jean-Paul Sartre

14 de março de 2010

- Não terminou de se arrumar ainda, mãe?
- Estou procurando um sapato confortável.
- Pega qualquer um...
- Que nada! Estou acima do peso, tem que ser um sapato confortável mesmo...
(pausa)
- Por que não começa a andar na avenida?
- Você acha que preciso?
- A senhora não acabou de dizer que está acima do peso?
- Pois é, mas só estou quando me interessa.

13 de março de 2010

Nigella, Pavlova e Lídia

A Nigella ensinou no programa de hoje que se deve passar limão nas vasilhas antes de bater claras em neve. Isso serve para tirar os resíduos de gordura e firmar as claras em menos tempo. Depois mostrou como fazer um suspirão chamado Pavlova. Até onde sei,  um chef australiano criou a receita em homenagem a bailarina Anna Pavlova. (Belos também é cultura, minha gente). 
Chamei Lidia prá ver.
- Mas é parecido com o pudim de claras que eu faço. Só tem mais frescura. (Troquem "frescura" por ingredientes)
- É...é parecido com o pudim de claras que você faz...duas vezes por semana.
Mas o melhor de Lidia mesmo não é nem a repetição. É o senso de oportunidade. Tá derretendo no calor? Pode ter certeza que lá vem sopa. Falou que tá de dieta? Ela faz vatapá.
Pensam que adianta dizer alguma coisa?  A criatura trabalha aqui há vinte anos, manda mais do que eu. Ô se manda.

*****

Prá quem ficou curioso, a receita de Pavlova da Nigella:

4 claras (temperatura ambiente)
01 pitada de sal
250 gramas de açucar refinado
02 colheres de chá de amido de milho
01 colher de chá de vinagre de vinho branco
extrato de baunilha a gosto
300 ml de creme de leite fresco (batido até ficar firme)
Maracujá (ou outra fruta)

Pré-aqueça o forno à 180º. Forre uma forma com papel para assar. Desenhe um círculo de 20 cm no papel. Bata as claras e o sal até que fique em ponto de suspiro. Acrescente o açúcar, um terço de cada vez, até que fique firme e brilhante.
Salpique a maisena, vinagre e baunilha e misture levemente. Coloque na assadeira, dentro do círculo desenhado, e achate a parte de cima e alise os lados. Faça um abaulado na parte interna (isto vai ajudar a acomodar a fruta e o creme que serão colocados no meio depois de assar).
Coloque no forno, reduzindo imediatamente a temperatura a 150ºC e asse durante 1 hora e 15 minutos. Desligue o forno e deixe a Pavlova dentro até esfriar completamente. Coloque a Pavlova invertida em um prato, preencha o meio com o creme e a fruta, e derrame por cima o maracujá, usando uma colher.

9 de março de 2010

Avatar

Também tenho o meu:


E nem precisei gastar fábulas como o James Cameron. (Sim eu sei, a piadinha já nasceu velha, principalmente depois do Oscar)

Simples e direta

- Que tipo de cozinheira você é? - quer saber uma criatura
- Do tipo que faz bolo de pacote no liquidificador e ainda erra.

8 de março de 2010

A vila

A vila onde morei logo após o fim do meu primeiro casamento era um charme. Poucas casas, todas pintadas de branco com janelas coloridas. Por fora elas pareciam menores do que realmente eram. Gostava que as pessoas se surpreendessem com isso e ainda podia arrumar os móveis de um jeito bem bacana. Também tinha a vantagem de ficar perto da casa de minha mãe, o que ajuda bastante nestas horas.
Acho até que sentiria falta de lá se não fossem alguns detalhes: o arquiteto solteiro que morava do meu lado e que adorava dar altas festas durante a semana (nos fins de semana também). E uma criatura que sempre reagia quando eu parava prá ouvir a Loreena Mckennitt. Juro que não era alto. Tanto não era que se a gente ouvisse qualquer outro artista ela não ligava. Mas quando era a Loreena, a vizinha imediatamente colocava música religiosa estrondando. Chegou um tempo em que eu só ria, não dava nem mais prá levar a sério.



e uma das minhas favoritas ever:

7 de março de 2010

Na loja

A criatura falou que levaria 4 HORAS e SESSENTA MINUTOS para a encomenda ficar pronta. E foi sério.

(Quando a gente não quer fazer o que tem prá fazer até mil assuntos para posts surgem do nada).

Procrastinação

Deixo tanto as coisas prá cima da hora, adio tanto coisas sérias e importantes que às vezes acho que foi o jeito que encontrei de brincar com o perigo.

Dois pra lá, dois pra cá...

Não saber dançar me incomoda incrivelmente mais do que não saber dirigir ou nadar, por exemplo. (Talvez porque no fundo, no fundo, acredite que as duas últimas atividades dependam muito mais de disposição do que de outra coisa). Na adolescência isso foi dureza.
Tive um grupo bom de amigas, todas da mesma escola que eu. A gente vivia se reunindo prá estudar depois das aulas e quase sempre no fim da tarde o encontro terminava com o rádio ligado. As meninas eram o máximo, dançavam, remexiam os quadris, encaravam qualquer estilo. Eu era a única que ficava sentada com cara de tacho. 
Nas festas, nos clubes, o que me salvava era que não tinha vergonha de dançar música lenta. Muitos garotos bonitinhos, os Bee Gees tocando o tempo todo...Tá, essa era a parte boa.
Lembro que teve uma festa na turma da gente. Os alunos precisavam fazer uma apresentação artistica, maculelê, jogral, sei lá mais o que. E teve também um concurso de dança. Minha amiga mais chegada me chamou prá participar, assim sem ensaio, nem preparação psicológica. Deu aquela loucura na hora, chutei o senso crítico. Topei. Era um rock. A impressão que dava era que eu ia para um lado e ela prá outro o tempo todo. No entanto a gente  se divertiu à beça e riu e riu e riu  numa cumplicidade esquisita, mas legal.
E ainda ficamos em terceiro lugar
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De três duplas concorrentes.

Não tem aquele ditado: Ignorância é felicidade?! Pois é. Mais ou menos isso.


(Gente,  peguei carona nos ótimos posts dela e dela. Não deu prá resistir.)