24 de março de 2012

Sábado

Chico César cantando Beradêro: Os sem amor, os sem teto, os sem paixão, sem alqueire. No peito dos sem peito uma seta. A cigana analfabeta lendo a mão de Paulo Freire.

(A professora que ensinava os conceitos de Paulo Freire era a mesma que obrigava os alunos a usarem crachá pendurado no pescoço. Quem esquecia de tirá-lo depois da aula era vaiado por outros estudantes na cantina).

O cheiro ruim que fica na xícara quando o café acaba.

Pelo fim das bizarrices no Facebook. Não preciso de fotos de bebês mortos no lixo e animais escalpelados para saber que o ser humano é uma droga.

Encontrei um amigo ontem na rua. Ele tentou fazer graça: Está perdida? Quase respondo a verdade: Desde que nasci.

(Evitando escrever porque ando triste há séculos. Porém os dias ainda são os mesmos de antes. Nada mudou).

Nenhum comentário: