7 de abril de 2012

Tratamento de choque

Nada de cachorro, gato, papagaio ou periquito. Eu queria um carneiro de estimação. Mãe dizia que não era o tipo de bicho para se criar em quintal, só em chácara ou fazenda, e não dava bola. Até que um dia, voltando da aula, vi um filhote muito fofo no jardim de outra casa. Tudo bem que era uma casa enorme, mas  me senti no direto de pressionar dona Marlene. Foram meses de encheção de saco. O problema é que minha mãe sempre foi boa de argumento e quando perdeu a paciência me chamou para conversar. 
- Aninha, sabe por que você não pode criar um carneiro? Porque quando ele crescer, seu pai vai colocá-lo direto na panela. 
Doloroso foi imaginar isso:
Se transformando em quase isso:

Nunca mais toquei no assunto.

8 comentários:

Danielle Martins disse...

Sua mãe realmente tem um bom poder de argumentação! rs

Leonardo Xavier disse...

Hum, se eu disse que a idéia dele na panela me parece mais legal, é muita maldade? kkkk!

Caminhante disse...

Credo, Anne, traumatizei - não com o argumento e sim com a foto.

Belos e Malvados disse...

Kkkkkk. E pensar que é um bolo, Fernanda. Diga-se de passagem, de extremo mau gosto.

maria de fatima disse...

Mainha e seus argumentos.....

Maria do Carmo Vieira disse...

Sábia sua mãe.

Teo disse...

eu tive um quando era pequeno... e ele foi para a panela! não vi como foi a morte. Anos depois vi no sertão como é o método utilizado para matar.. triste!
Passei um bom tempo sem poder ver buchada! hoje estou curado e é minha carne preferida
abcs
P.S. Quem é vivo um dia aparece

Belos e Malvados disse...

Buchada, sarapatel, eu gosto, mas sem exagero.
Um grande abraço, Teo. Estava com saudades.