30 de março de 2013
28 de março de 2013
24 de março de 2013
Zé Dedé
Sonho com meu avô em sua lida de carpinteiro. A oficina no quintal escondida atrás dos pés de figo. Pode entrar. Pode entrar. E puxa cabelo, belisca rosto, torce dedos, até que ninguém suporte e fuja com os outros. Todos os outros em debandada. Desavisados demais para entender que afeto nem sempre é brando.
18 de março de 2013
Gente que se apega a tudo
Eu. Protelando para assistir o episódio final de Brothers and sisters.
Mais ou menos nesse clima:
Mais ou menos nesse clima:
Com o agravante de não cantar como o Luke Macfarlane.
Pra rir e pra pensar
Bronzeado de inverno.
Eu com um tamanco dourado daqueles que podem cegar alguém se o sol bater:
Eu com um tamanco dourado daqueles que podem cegar alguém se o sol bater:
- Amor, troco de sapato?
E ele:
- Não. Está combinando com suas pernas.
No restaurante quase vazio pelo adiantado da hora, o garçom simpático se empolga e serve a mesa cantando o hino nacional:
- Dos filhos dessólios, és mãe gentil...
A graça acaba ai.
Agora ouvindo, sem querer, a briga na casa ao lado:
A graça acaba ai.
Agora ouvindo, sem querer, a briga na casa ao lado:
O adolescente:
- Mãe, a senhora erra. Até minha vó erra. Todo mundo...
Ela interrompendo aos gritos:
- Mas você não tem esse direito.
E ele:
- Mãe, quando converso com a senhora perco a vontade de viver.
Um dia cheio hoje.
17 de março de 2013
Algo que não postaria no Facebook
Depois de tantos planos em vão de viajar para Garanhuns, eis que encontro a rua da minha avó paterna no Google maps. Uma emoção consoladora e estranha.
Meus avós morreram há algum tempo, mas eu precisava mesmo rever a casa.
Meus avós morreram há algum tempo, mas eu precisava mesmo rever a casa.
De todas as coisas que passaram a me incomodar depois que envelheci, o pouco contato com o pessoal do lado paterno é uma das que mais pesam.
Outro dia, um primo postou uma foto lá dos anos oitenta, creio eu. Umas seis pessoas naquela pose clássica de familia. Só reconheci vovô, vovó e a sensação imensa de ter perdido o bonde.
8 de março de 2013
4 de fevereiro de 2013
2 de fevereiro de 2013
30 de janeiro de 2013
29 de janeiro de 2013
The wonder years (quando sua vida vira uma série ou uma novela mexicana)
Lembro do casamento do meu irmão mais novo.
Enquanto todo mundo cuidava de seus assuntos, ele tinha sido o companheiro inseparável dos últimos anos de vida de mamãe e só se casou depois que ela partiu. A cerimônia aconteceu na igreja de são Francisco de Assis, santo de devoção de dona Marlene.
Meu olho marejou já com o convite.
O casamento foi lindo. A recepção uma beleza, mas vai que de repente comecei a me sentir como Kevin Arnold em Anos Incríveis. Quem não lembra? Quando cai a ficha e você se convence que tudo mudou e não tem mais volta.
Todo mundo cresceu, foi embora. Os caminhos agora eram outros.
Há uma citação bacana na série, mais ou menos assim: memória é um jeito de você não se afastar das coisas que ama, do que você é, daquilo que não queria ter perdido.
Todo mundo cresceu, foi embora. Os caminhos agora eram outros.
Há uma citação bacana na série, mais ou menos assim: memória é um jeito de você não se afastar das coisas que ama, do que você é, daquilo que não queria ter perdido.
Os convidados bebiam, comiam, dançavam e eu chorava. E foi tanto e tão incontrolável que a mãe da noiva teve dúvidas. Ela atravessou o salão, chegou perto de mim com toda delicadeza e quis saber:
- Essas são lágrimas de felicidade, não são?
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