Lembro do casamento do meu irmão mais novo.
Enquanto todo mundo cuidava de seus assuntos, ele tinha sido o companheiro inseparável dos últimos anos de vida de mamãe e só se casou depois que ela partiu. A cerimônia aconteceu na igreja de são Francisco de Assis, santo de devoção de dona Marlene.
Meu olho marejou já com o convite.
O casamento foi lindo. A recepção uma beleza, mas vai que de repente comecei a me sentir como Kevin Arnold em Anos Incríveis. Quem não lembra? Quando cai a ficha e você se convence que tudo mudou e não tem mais volta.
Todo mundo cresceu, foi embora. Os caminhos agora eram outros.
Há uma citação bacana na série, mais ou menos assim: memória é um jeito de você não se afastar das coisas que ama, do que você é, daquilo que não queria ter perdido.
Todo mundo cresceu, foi embora. Os caminhos agora eram outros.
Há uma citação bacana na série, mais ou menos assim: memória é um jeito de você não se afastar das coisas que ama, do que você é, daquilo que não queria ter perdido.
Os convidados bebiam, comiam, dançavam e eu chorava. E foi tanto e tão incontrolável que a mãe da noiva teve dúvidas. Ela atravessou o salão, chegou perto de mim com toda delicadeza e quis saber:
- Essas são lágrimas de felicidade, não são?
2 comentários:
Ninha nunxa tinha pensado nisso e nem tinha reparado a sua tristeza! Perdoe-me.
Não foi nem tristeza, Fau. Sei lá o que foi.
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