11 de abril de 2009

Padrão

Fui uma estudante chatinha. Meio CDF demais. Tá certo que conversava um bocado na escola, mas estudava prá valer em casa e nunca estava segura de saber o bastante. Colar na prova? Nem pensar. Passar cola também não: ninguém viesse atrapalhar minha concentração que virava o pior inimigo.
Acontece que chegou o tempo de encarar uma disciplina com a qual não tinha a menor afinidade, conduzida por uma professora insuportavelmente tediosa. Resultado, resolvi chutar o pau da barraca e fui fazer a avaliação sem ter assistido aula direito, nem aberto um livro. Acabei sentada no corredor, chorando horrores pela nota baixíssima.
- Ué, mas você esperava o que? disse a colega mais chegada, fazendo a voz da consciência.
Pois é exatamente isso que me pergunto hoje em dia, quando repito o mesmo padrão: saboto o negócio e depois me assusto com o resultado. Ué, não esperava por isso?

O feio é que já sai da escola há um bom tempo.

2 comentários:

Caminhante disse...

Não sei que doença é essa, só sei que é tão comum!...

Teo disse...

É mais comum que pensamos sobre a sabotagem de nossas coisas e sentimentos por nós mesmos... afinal teremos a desculpa irrefutável de que estavamos certo quanto aquele presentimento de algo errado que nos move à sabotagem....