21 de agosto de 2010

Nem sempre identificação é uma coisa boa.

Eu e R estudamos juntas muito tempo. Boa parte do ginásio e todo o segundo grau. O fato é que a gente vivia brigando porque eu gostava de ler romances do estilo Bárbara Cartland e ela adorava repetir uma cantilena chata sobre literatura de segunda categoria e conceitos afins, sem nunca ter aparecido na minha frente com um Dostoievski, Machado de Assis ou com poemas de Walt Whitman, por exemplo. Na verdade não lembro de tê-la visto com livro algum.
Confesso que achava as estórias água com açúcar das Julias, Biancas e Sabrinas  divertidas prá valer, mas elas nunca me definiram. Também não levava o discurso de R a sério. A criatura no entanto não mudava o repertório e o impasse durou séculos. Até ela ler a primeira revista do gênero. A segunda. A terceira. E passar a querer ler todos os novos exemplares antes de mim. Sendo que eles eram meus.
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Resultado. Ficou mais chata ainda.

7 comentários:

Lara Cavalcanti disse...

Fiquei louca para saber quem é 'R'. (risos)

Caminhante disse...

Não tenho o que comentar. Ótima história. O título diz tudo.

Leonardo Xavier disse...

Kkkkkkk! Minha irmã rouba os meus livros que eu compro e que nem li ainda e algumas vezes é tão cara de pau que rouba aqueles que estou lendo.

Lélia Maria disse...

ta vendo que dividir gostos é mais complicado do que se pensa? ainda mais quando temos que dividir as nossas coisas.

teo disse...

Fiquei curioso tambem sobre R...
confesso que não lia a tal Barbara... eu viajava nas aventuras do gibi Tex...
abcs teo

EGBERTO disse...

Tadinha de Rose. Ela será a primeira a vir à cabeça. kkkkkkkkkkkkkkk

Belos e Malvados disse...

Lara também pensou, Eg. rsrsrs. Mas só estudei com Rose na universidade.