30 de dezembro de 2012
Barbara Eden deseja a vocês:
(De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.
De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.
Cecília Meireles)
22 de dezembro de 2012
19 de dezembro de 2012
Só quer ser teen
Quase uma semana longe de casa. Aproveitei as férias e vim acompanhar minha filha que deixou Feira de Santana e está morando em outra cidade a trabalho. Mais de quatrocentos quilômetros de distância. O local é muito bonitinho e hospitaleiro, mas o sol é de rachar até para quem é acostumado com o calor escaldante.
Todo dia que chega em casa minha filha ri de mim que estou vermelha que nem um pimentão, mesmo com protetor solar. Hoje reparei que ficou até a marca da camiseta nas costas. Lindo. Fato que rendeu o singelo apelido de Queimadinha da Bahia.
Tudo bem, eu mereço.
O pior mesmo é que só agora está caindo a ficha que minha caçula saiu de casa. A última. Só restamos eu, a síndrome do ninho vazio e meu velho que, toda vez que digo isso, responde carinhosa e delicadamente:
- Velho é a mãe!
15 de dezembro de 2012
A desculpa
Minha família acredita que escrever no blog é bom para mim.
- Já que não exercita o corpo pelo menos exercita a mente.
Ah, nada como essa intimidade carinhosa!
Assunto que lembra meu cardiologista. Ele acha que eu deveria morar em um apartamento, pois seria obrigada a subir escada constantemente. Considerando que não há mesmo chance de uma academia.
- A senhora sobe de escada e desce de elevador para não sobrecarregar os ligamentos dos joelhos.
Bom, escada aqui em casa tem e leva justamente para a sala onde fica o computador. Só não tem o equipamento para descida suave. Então quando alguém reclama que passo muito tempo isolada-no-alto-da-torre só me resta a pertinente, objetiva e triunfal desculpa:
- Ordens médicas.
14 de dezembro de 2012
O sonho
Era uma espécie de vila misturada com um parque de exposições onde estava acontecendo uma grande festa. Queria entrar lá de qualquer maneira pois tinha esquecido alguma coisa muito importante em uma das casas, mas era preciso esperar o horário.
Assim que liberaram a entrada, pulei em um dos imóveis e sai andando loucamente pelos telhados. Depois de certo tempo e muitos tropeços, olhei para baixo, vi uma oficina e identifiquei um conhecido trabalhando lá.
Pedi:
- Fulano, me ajuda a passar para os próximos telhados porque a situação complicou aqui.
E ele:
- Tudo bem, eu ajudo. Mas as portas estão abertas.
A história da minha vida.
8 de dezembro de 2012
Fim do mundo e quase toy story
O mundo acaba no último dia de minhas férias, o que é realmente o fim do mundo, convenhamos, porque outra só ano que vem. Mas ai tem a escala de Natal e eu ganho mais alguns dias para cuidar das plantas pois agora sou uma cidadã com plantas em casa. Isso depois que ganhei do meu ex-marido um jardim suspenso para colocar vasos em frente a janela.
Só podia ser coisa de ex-marido.
No nosso primeiro aniversário de casamento, ele me deu uma batedeira de presente. Mas essas são águas tão passadas que nem vale a pena lembrar.
Quanto ao jardim suspenso estou sendo mal agradecida. Gostei do presente, achei bacana e agora cuido de plantas, o que não deixa de ser uma terapia. Assim como é terapia também passar algumas horas com meu neto.
Quando a gente tem criança, o primeiro desafio é não escrever "criança pequena", depois enfrentar os diálogos nonsenses. Abro a sacolinha que a mãe mandou, tiro o brinquedo e digo toda animada:
- Olha quem veio brincar com bebê-lindo hoje!!!
Ele responde no mesmo tom:
- Woody!!!
- O cowboy amiguinho de bebê. Que coisa linda! Isso, abraça o amiguinho...Não, não! Não arranca a cabeça dele, o pé também não...Eita, lá foi um dedo!
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