7 de novembro de 2010

Mais uma de amor cinema

Vizinho a casa de tia P. tinha um cinema. Década de setenta, eu e minhas primas aproveitamos um descuido dela e de mamãe e escapamos. Não só escapamos como conseguimos entrar escondidas em uma sessão noturna do Destino do Poseidon. Não lembro exatamente como foi o processo de chegar até a sala de projeção, mas de repente estávamos lá, três garotinhas assistindo embabascadas aquela tragédia toda em cores e sons magníficos. Isso até aparecer alguém e nos devolver na casa ao lado.
Anos depois, quando vi  O destino do Poseidon na televisão realizei que ele tinha feito tanto sucesso na época porque as pessoas ainda não estavam  acostumadas com cinema catástrofe. Sem falar que o mundo era bem mais ingênuo.  Em suma, o filme era bom, mas não justificava os três dias que fiquei de castigo.

Me and my valuable friend
Can fix all the pain away
(Placebo)

4 comentários:

Leonardo Xavier disse...

Eu sinto a mesma coisa a respeito de Matrix, sei lá o primeiro era tão legal pelos efeitos de câmeras girando e famigerado bullet time, que já está sendo tão usado que qualquer dia desse eles tão usando nos vídeos de casamento...

Lélia Maria disse...

não valeria os três dias de hj. mas aposto que naquela época valeria seis. tou de volta.

Belos e Malvados disse...

Naquele tempo também foi dureza, Lélia. Minha mãe não deixava a gente colocar a cara na porta durante o castigo. Totalmente linha dura.
Seja bem vinda de volta, querida. Um beijo.

Maria do Carmo Vieira disse...

Já protagonizei uma travessura dessas também por causa do cinema. Foi em Lajedinho pra assistir A Paixão de Cristo num cinema improvisado (Tipo aquele momento de O Auto da Compadecida, em que Chicó e João Grilo ajuda o padre... algo assim). Não tinha dinheiro pra pagar e entrei num discuido do porteiro, tremendo que nem vara verde. No fim das contas acabei chorando por causa da cena que Herodes manda matar todos os bebês. rs rs
Foi, como se diz hoje, brutal!!!