Nunca mais fui ao cinema.
Para que sair de casa se tem a internet e posso escolher o filme que quiser em vez de ficar limitada ao que está em cartaz?
Meu marido ouve rádio online.
Não tenho paciência.
Vou no youtube, escolho o que quero e não dou chance ao aleatório. No dia de menor inspiração passo direto para os favoritos e está tudo lá.
Esta é uma das vantagens da internet. Personalizar suas escolhas para evitar perder tempo com algo que você pode considerar chato. (Tirando as publicações bizarras do Facebook, porque ai não tem jeito).
O problema de tudo ter tanto a sua cara é que também se perde o fator uau. Igual a quando outra pessoa escolhe um filme, você não tem a menor expectativa sobre ele e acaba saindo do cinema maravilhada. Com um repertório maior.
Acho que é isso. Conviver é uma maçada das grandes. Porém quanto mais você se fecha em seu mundinho, menor vai ficando seu repertório.
O medo é de estar lendo os mesmos poetas do tempo de universidade. E só. E ouvindo apenas os mesmos cantores de sempre. E curtindo as mesmas páginas todos os dias. Quando o mundo é tão vasto.
No tempo em que os blogs bombavam era comum ter o fator uau. No Facebook ele é menor porque você também ESCOLHE as páginas de segue. Quase um jogo de espelhos. Parece que o universo é mais condensado ou eu não sei usar a ferramenta.
Tá, você escolhe o blog que lê, mas a pessoa tem mais liberdade para se expressar que em outras mídias.
E não há nada errado nisso tudo que citei.
É só uma questão de repertório. E de quando ele fica repetitivo. E o lance de ninguém ser uma ilha.
Um comentário:
Gostei da abordagem. Por isto a gente tem que arriscar, sair da zona de conforto, tirar aquela pessoa diferente de dentro, fazer de outro modo, olhar, catar no lixão.Vai que acha um rubi!
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