18 de outubro de 2009

Minha vida de menina do balão


Cabelo curto e jeito de moleque ao lado de minha mãe e do meu irmão Silvio que tinha acabado de nascer. A gente morava em Palmeiras dos Índios, no interior de Alagoas, mais ou menos na época em que dei o maior susto no povo. Simplesmente desapareci. Meus pais e os vizinhos sairam vasculhando a cidade com medo que tivesse sido raptada ou coisa do tipo. Isso levou horas. Quando bateu a fome, sai do esconderijo: uma tábua entre a cabeceira de uma das camas e a parede.
Menino do balão perde.


Mãe, irmãos e eu

Todo mundo da familia tinha medo da minha avó paterna principalmente quando o assunto era um oratório que ela trancava a sete chaves. Ninguém em sã consciência chegava perto dele sem permissão.
Nesta foto estávamos de férias na casa dela em Garanhuns, Pernambuco. Foi justamente quando vovó deu um descuido e acabou me pegando com uma imagem raríssima de São Francisco de Assis, ninando como se fosse boneca. Já contei essa história, lembram?
Reza a lenda que o chão da cidade tremeu nesse dia, mas acho que não liguei muito não, pelo menos não perdi a pose. Um mimo meu vestidinho vermelho bordado.

6 comentários:

Lucila disse...

Eu que não vivi isso senti tanta saudade...

Belos e Malvados disse...

P/ Lu. Você só pode ter puxado a seu pai, saudosista desse jeito, minha filha. A mim não foi. rsrs

Lucila disse...

Viuxe, e se herdei dos dois?

Lélia Maria disse...

Anne, se Helena resolver dar uma de menina do balão é o chão de Feira que vai tremer, e ela pode se apegar ao santinho da sua avó, pq com meu estresse não se brinca (rsrsrs).
Beijos

Belos e Malvados disse...

P/ Lélia. E minha mãe dizia que eu sempre fui a mais quieta dos seis filhos. Imagina.

Caminhante disse...

Por mais ciumes que ela tivesse desse oratório, deve ter sido uma cena muito fofa.