25 de abril de 2010

Domingo - parte 1

France é minha amiga desde a infância, aquela que ficou em último lugar comigo no concurso de dança da escola, lembram?. Ela mora em Salvador e a gente se vê pouco, mas mesmo assim ainda considero uma das minhas relações mais sólidas. Hoje ela me mandou um e-mail:

Esta é a tradução do poema que inspirou Nelson Mandela enquanto ele esteve encarcerado na Ilha de Robben (e que dá nome ao filme).
Invictus
William E Henley

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma,
*Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

Bonito, né? Não sei o motivo, mas me deu vontade de compartilhar o poema com vocês. Vai ver porque hoje é domingo (e eu sempre fico mais vulnerável comovida mimimi...sei lá, aos domingos) diazinho estranho.

(* O grifo partiu dela)

3 comentários:

Luciana Nepomuceno disse...

Eis-me de novo aqui...como já disse uma vez, tem coisas que não podem ficar sem resposta. Como essa linda oferenda em palavras.Grata!

Belos e Malvados disse...

Apareça sempre, Borboletas, vou gostar muito. Ah, linkei seu blog ai do lado, ok? Um abraço.

Lélia disse...

é lindo mesmo. o bom é que depois da noite (ainda que ela persista), SEMPRE vem o dia. só discordo da parte grifada, mas aí já é outro papo.
beijos