19 de julho de 2010

Essa chuva que cega os cristais


A tarde bruscamente se aclarou,
porque já cai a chuva minuciosa.
Cai e caiu. A chuva é só uma coisa
que o passado por certo freqüentou.

(Bruscamente la tarde se ha aclarado
porque ya cae la lluvia minuciosa.
Cae o cayó. La lluvia es una cosa
que sin duda sucede en el pasado).

A chuva
Jorge Luis Borges
Tradução: Renato Suttana

5 comentários:

Luciana Nepomuceno disse...

Que lindas fotos, de uma poesia intrínseca que você transmuda numa beleza ímpar ao completar com Borges. Inspirador (principalmente pra quem está a 37o às 18hs)...

Belos e Malvados disse...

Você mora em Fortaleza, não é? A última vez que fui ai quase derreto de calor. Não tenho a menor resistência ao sol. Sofro horrores.

Luciana Nepomuceno disse...

Belos, ah se eu ainda morasse em Fortaleza, porque como canta Bethania "no Nordeste faz calor também, mas lá tem brisa" e viver de brisa me agrada enormemente...por força do concurso na Universidade, moro no RN, em Mossoró (a uma hora do mar, como eu posso, senhor?)

Lélia Maria disse...

o poema é lindo. ainda mais em espanhol. as fotos estão ótimas. embora a chuva incomode.

Belos e Malvados disse...

Fui eu que fiz as fotos. Pisc, pisc. #fotógrafafrustrada